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O uso dos celulares pode fazer mal à saúde? Não, já que a radiação dos celulares é emitida em níveis seguros. Apesar disso, não conhecemos os efeitos da exposição à radiação emitida por esses aparelhos ao longo dos anos.
Os celulares consolidaram-se na nossa sociedade como algo muito além de um meio de comunicação, pois eles são usados para a realização das mais diversas atividades e passamos uma boa parte dos nossos dias perto deles. O sinal eletromagnético recebido e emitido por esses aparelhos é composto de ondas de rádio, parecidas com o sinal emitido pelas emissoras de rádio e televisão. Essa é a radiação menos energética de todo o espectro eletromagnético, sendo também considerada como uma radiação não ionizante, ou seja, ela não é capaz de produzir danos em níveis celulares.
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Tópicos deste artigo
- 1 - Efeitos das ondas de rádio sobre o corpo humano
- 2 - SAR: A taxa de absorção específica
- 3 - Como podemos nos proteger da radiação emitida pelos celulares?
Efeitos das ondas de rádio sobre o corpo humano
O principal efeito da interação desse tipo de radiação com a matéria é o aumento da temperatura por meio de um processo chamado de aquecimento dielétrico, assim como fazem as micro-ondas, sendo essa última um tipo de radiação eletromagnética de frequência um pouco mais elevada e que, portanto, é capaz de transportar mais energia.
As frequências das ondas de rádio utilizadas pelos aparelhos celulares modernos estendem-se entre 450 e 2000 MHz (Mega Hertz – 106 Hz), que podem variar de acordo com as características da rede local de cada país. As frequências de operação mais comuns para a telefonia móvel encontram-se na faixa de 800 a 900 MHz.
SAR: A taxa de absorção específica
A popularização da telefonia móvel ganhou força por volta de 1990, um tempo relativamente pequeno para identificar os possíveis efeitos de exposição a longo prazo às ondas de rádio. Por isso, existem normas de segurança a serem seguidas durante a construção de dispositivos receptores e emissores de ondas de rádio. O nível SAR (taxa de absorção específica) mede quanta radiação é absorvida quando um celular colocado junto à orelha origina uma chamada, emanando sua potência máxima. O SAR dos aparelhos celulares não pode ser superior a 4 W/kg (Watts por quilograma), já que, durante um intervalo de 30 minutos, radiações dessa intensidade são capazes de elevar a temperatura média do corpo humano em mais de 1ºC e afetar a sua capacidade de termorregulação, podendo causar efeitos irreversíveis à saúde.
Por essa razão, os celulares modernos contam com níveis SAR bem abaixo do limite. Alguns dos modelos mais recentes saem da fábrica com níveis SAR entre 0,6 W/kg e 1,55 W/kg.
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Como podemos nos proteger da radiação emitida pelos celulares?
Uma das formas de se proteger das ondas de rádio é evitar o uso prolongado do celular, alternar entre o viva-voz e o próprio fone do aparelho quando possível e optar por aparelhos com certificação e que tenham baixos níveis de emissão SAR.
Por Rafael Helerbrock
Graduado em Física