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A sombra e penumbra são fenômenos resultantes da interação da luz com objetos opacos e ajudam a compreender como a luz se comporta ao encontrar barreiras em seu caminho, ocasionando fenômenos naturais impressionantes, como os eclipses.
A sombra é uma região completamente escura formada pela obstrução total da luz, enquanto a penumbra surge ao redor, como uma área parcialmente iluminada devido ao bloqueio parcial da luz. Esses efeitos se tornam ainda mais intrigantes quando observamos a projeção de uma fonte luminosa extensa, como o Sol, sobre a Terra, evidenciando a conexão entre as propriedades da luz e eventos astronômicos.
Leia também: Fenômenos ópticos — os eventos resultantes da interação da luz com a matéria
Tópicos deste artigo
- 1 - Resumo sobre sombra e penumbra
- 2 - O que é sombra e penumbra?
- 3 - Quais as diferenças entre sombra e penumbra?
- 4 - Sombra, penumbra e eclipse
Resumo sobre sombra e penumbra
- A sombra é uma região totalmente escura formada pela obstrução total da luz por um objeto opaco, bloqueando os raios de luz de uma fonte e criando uma área não iluminada no anteparo.
- A penumbra é uma região parcialmente iluminada ao redor da sombra, gerada quando uma fonte extensa projeta luz parcialmente bloqueada por um objeto, resultando em uma intensidade intermediária de iluminação.
- Quando a fonte de luz possui dimensões significativas (não pontuais), ela cria três regiões no anteparo: sombra, penumbra e a área completamente iluminada.
- Eclipses solares ocorrem quando a Lua se posiciona entre o Sol e a Terra, projetando sombra e penumbra. Dependendo da posição do observador, pode-se ver um eclipse total (na sombra), parcial (na penumbra) ou nenhum eclipse (fora dessas regiões).
O que é sombra e penumbra?
Na óptica, o termo “sombra” refere-se a uma região não iluminada, formada quando um objeto opaco bloqueia a luz de uma fonte, impedindo que ela alcance uma superfície chamada anteparo. Esse fenômeno ocorre devido à propagação retilínea da luz, ou seja, a luz viaja em linha reta até encontrar o objeto.
Imagine uma fonte de luz emitindo raios em todas as direções. Os raios que atingem o objeto opaco são bloqueados e não conseguem atravessá-lo. Como resultado, no anteparo, surgem duas regiões bem definidas: a sombra, que é completamente não iluminada, e a região iluminada, aonde a luz chega diretamente. A linha que separa essas duas áreas é formada pelos raios de luz que tocam as bordas do objeto opaco e seguem em linha reta até o anteparo.
Quando a fonte de luz não pode ser tratada como um ponto, ou seja, possui dimensões consideráveis, chamamos essa fonte de fonte extensa. Nesse caso, a interação da luz com o objeto opaco gera três regiões no anteparo. A primeira é a sombra, uma área completamente escura onde toda a luz da fonte é bloqueada pelo objeto. Ao redor da sombra surge a penumbra, uma região parcialmente iluminada, porque apenas algumas partes da luz da fonte conseguem chegar até o anteparo. Por fim, encontramos a região totalmente iluminada, onde a luz atinge o anteparo sem bloqueios.
A penumbra, cujo nome vem do latim paene (quase) e umbra (sombra), apresenta uma intensidade de luz intermediária. Isso ocorre porque algumas áreas da fonte de luz iluminam essa região, enquanto outras são bloqueadas pelo objeto. Um observador posicionado na penumbra verá a fonte de luz apenas parcialmente, pois o objeto opaco bloqueia parte dela. Assim, ao observar a projeção de uma fonte extensa sobre um objeto, identificamos a sombra como a região mais escura, a penumbra como parcialmente iluminada e, além disso, a área restante, totalmente iluminada. Essa análise ajuda a compreender como a luz interage com objetos e superfícies, criando diferentes padrões de iluminação.
Quais as diferenças entre sombra e penumbra?
A principal diferença entre sombra e penumbra está no nível de iluminação e na forma como a luz interage com o objeto opaco. A sombra é uma região totalmente escura, onde nenhum raio de luz da fonte atinge o anteparo, pois o objeto bloqueia completamente a luz. Já a penumbra é uma área parcialmente iluminada, formada porque apenas algumas partes da fonte de luz conseguem chegar ao anteparo.
Enquanto a sombra ocorre quando toda a luz é obstruída, a penumbra surge devido ao bloqueio parcial da luz, o que cria uma intensidade intermediária de iluminação. Assim, na sombra temos escuridão total, e na penumbra, um nível de luz mais suave, permitindo que o observador veja apenas uma parte da fonte de luz, bloqueada em parte pelo objeto.
Leia também: Fases da Lua — os diferentes estágios de iluminação desse satélite durante sua órbita
Sombra, penumbra e eclipse
O termo "eclipse" vem do significado de "ocultação", que é quando um astro é escondido, total ou parcialmente, por outro. Isso pode acontecer de duas formas: um astro pode se colocar entre o objeto observado e o observador ou entre um astro luminoso e aquele que reflete sua luz.
Um exemplo comum é o eclipse do Sol. Ele ocorre quando a Lua, ao girar ao redor da Terra, se posiciona entre o Sol e o nosso planeta. Dependendo de onde a pessoa está na Terra, ela pode ver o eclipse de diferentes maneiras:
- Eclipse total: acontece para quem está na região de sombra projetada pela Lua. Nesse caso, o Sol fica completamente oculto.
- Eclipse parcial: é observado por quem está na região de penumbra, onde apenas uma parte do Sol é encoberta pela Lua.
- Sem eclipse visível: quem está fora das áreas de sombra e penumbra não vê o eclipse, pois o Sol continua completamente visível.
Portanto, a percepção de um eclipse depende da posição do observador em relação às sombras criadas durante o fenômeno.
Fontes
CARRON, Wilson; GUIMARÃES, Osvaldo. As faces da física (vol. único). 1. ed. Moderna, 1997.
HALLIDAY, David; RESNICK, Robert; WALKER, Jearl. Fundamentos da Física: Óptica e Física Moderna (vol. 4). 9 ed. Rio de Janeiro, RJ: LTC, 2012.
NUSSENZVEIG, Herch Moysés. Curso de física básica: Óptica, Relatividade e Física Quântica (vol. 4). 2 ed. São Paulo: Editora Blucher, 2014.