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Sombra e penumbra

Sombra é a região totalmente escura formada pela obstrução total da luz, enquanto a penumbra é parcialmente iluminada, gerada pelo bloqueio parcial da luz.

Esquema ilustrativo para demonstrar o conceito de sombra e penumbra.
A sombra é a parte escura aonde a luz não chega, e a penumbra é a área aonde a luz chega parcialmente, criando um efeito mais suave.
Crédito da Imagem: Shutterstock.com
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A sombra e penumbra são fenômenos resultantes da interação da luz com objetos opacos e ajudam a compreender como a luz se comporta ao encontrar barreiras em seu caminho, ocasionando fenômenos naturais impressionantes, como os eclipses.

A sombra é uma região completamente escura formada pela obstrução total da luz, enquanto a penumbra surge ao redor, como uma área parcialmente iluminada devido ao bloqueio parcial da luz. Esses efeitos se tornam ainda mais intrigantes quando observamos a projeção de uma fonte luminosa extensa, como o Sol, sobre a Terra, evidenciando a conexão entre as propriedades da luz e eventos astronômicos.

Leia também: Fenômenos ópticos — os eventos resultantes da interação da luz com a matéria

Tópicos deste artigo

Resumo sobre sombra e penumbra

  • A sombra é uma região totalmente escura formada pela obstrução total da luz por um objeto opaco, bloqueando os raios de luz de uma fonte e criando uma área não iluminada no anteparo.
  • A penumbra é uma região parcialmente iluminada ao redor da sombra, gerada quando uma fonte extensa projeta luz parcialmente bloqueada por um objeto, resultando em uma intensidade intermediária de iluminação.
  • Quando a fonte de luz possui dimensões significativas (não pontuais), ela cria três regiões no anteparo: sombra, penumbra e a área completamente iluminada.
  • Eclipses solares ocorrem quando a Lua se posiciona entre o Sol e a Terra, projetando sombra e penumbra. Dependendo da posição do observador, pode-se ver um eclipse total (na sombra), parcial (na penumbra) ou nenhum eclipse (fora dessas regiões).

O que é sombra e penumbra?

Visão de sombra e penumbra projetadas a partir de uma pessoa.
A sombra ocorre onde a luz é completamente bloqueada, enquanto a penumbra é a área parcialmente iluminada, entre a luz e a sombra total.

Na óptica, o termo “sombra” refere-se a uma região não iluminada, formada quando um objeto opaco bloqueia a luz de uma fonte, impedindo que ela alcance uma superfície chamada anteparo. Esse fenômeno ocorre devido à propagação retilínea da luz, ou seja, a luz viaja em linha reta até encontrar o objeto.

Imagine uma fonte de luz emitindo raios em todas as direções. Os raios que atingem o objeto opaco são bloqueados e não conseguem atravessá-lo. Como resultado, no anteparo, surgem duas regiões bem definidas: a sombra, que é completamente não iluminada, e a região iluminada, aonde a luz chega diretamente. A linha que separa essas duas áreas é formada pelos raios de luz que tocam as bordas do objeto opaco e seguem em linha reta até o anteparo.

Quando a fonte de luz não pode ser tratada como um ponto, ou seja, possui dimensões consideráveis, chamamos essa fonte de fonte extensa. Nesse caso, a interação da luz com o objeto opaco gera três regiões no anteparo. A primeira é a sombra, uma área completamente escura onde toda a luz da fonte é bloqueada pelo objeto. Ao redor da sombra surge a penumbra, uma região parcialmente iluminada, porque apenas algumas partes da luz da fonte conseguem chegar até o anteparo. Por fim, encontramos a região totalmente iluminada, onde a luz atinge o anteparo sem bloqueios.

A penumbra, cujo nome vem do latim paene (quase) e umbra (sombra), apresenta uma intensidade de luz intermediária. Isso ocorre porque algumas áreas da fonte de luz iluminam essa região, enquanto outras são bloqueadas pelo objeto. Um observador posicionado na penumbra verá a fonte de luz apenas parcialmente, pois o objeto opaco bloqueia parte dela. Assim, ao observar a projeção de uma fonte extensa sobre um objeto, identificamos a sombra como a região mais escura, a penumbra como parcialmente iluminada e, além disso, a área restante, totalmente iluminada. Essa análise ajuda a compreender como a luz interage com objetos e superfícies, criando diferentes padrões de iluminação.

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Quais as diferenças entre sombra e penumbra?

A principal diferença entre sombra e penumbra está no nível de iluminação e na forma como a luz interage com o objeto opaco. A sombra é uma região totalmente escura, onde nenhum raio de luz da fonte atinge o anteparo, pois o objeto bloqueia completamente a luz. Já a penumbra é uma área parcialmente iluminada, formada porque apenas algumas partes da fonte de luz conseguem chegar ao anteparo.

Enquanto a sombra ocorre quando toda a luz é obstruída, a penumbra surge devido ao bloqueio parcial da luz, o que cria uma intensidade intermediária de iluminação. Assim, na sombra temos escuridão total, e na penumbra, um nível de luz mais suave, permitindo que o observador veja apenas uma parte da fonte de luz, bloqueada em parte pelo objeto.

Leia também: Fases da Lua — os diferentes estágios de iluminação desse satélite durante sua órbita

Sombra, penumbra e eclipse

O termo "eclipse" vem do significado de "ocultação", que é quando um astro é escondido, total ou parcialmente, por outro. Isso pode acontecer de duas formas: um astro pode se colocar entre o objeto observado e o observador ou entre um astro luminoso e aquele que reflete sua luz.

Um exemplo comum é o eclipse do Sol. Ele ocorre quando a Lua, ao girar ao redor da Terra, se posiciona entre o Sol e o nosso planeta. Dependendo de onde a pessoa está na Terra, ela pode ver o eclipse de diferentes maneiras:

  • Eclipse total: acontece para quem está na região de sombra projetada pela Lua. Nesse caso, o Sol fica completamente oculto.
  • Eclipse parcial: é observado por quem está na região de penumbra, onde apenas uma parte do Sol é encoberta pela Lua.
  • Sem eclipse visível: quem está fora das áreas de sombra e penumbra não vê o eclipse, pois o Sol continua completamente visível.
Esquema ilustrativo mostra formação de sombra e penumbra em eclipse solar.
No eclipse solar, a Lua passa na frente do Sol, criando uma sombra na Terra. A penumbra é a área onde a luz do Sol é parcialmente bloqueada.

Portanto, a percepção de um eclipse depende da posição do observador em relação às sombras criadas durante o fenômeno.

Fontes

CARRON, Wilson; GUIMARÃES, Osvaldo. As faces da física (vol. único). 1. ed. Moderna, 1997.

HALLIDAY, David; RESNICK, Robert; WALKER, Jearl. Fundamentos da Física: Óptica e Física Moderna (vol. 4). 9 ed. Rio de Janeiro, RJ: LTC, 2012.

NUSSENZVEIG, Herch Moysés. Curso de física básica: Óptica, Relatividade e Física Quântica (vol. 4). 2 ed. São Paulo: Editora Blucher, 2014.

Escritor do artigo
Escrito por: Robson Alves Dantas Escritor oficial Brasil Escola

Gostaria de fazer a referência deste texto em um trabalho escolar ou acadêmico? Veja:

DANTAS, Robson Alves. "Sombra e penumbra"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/fisica/sombra-penumbra.htm. Acesso em 21 de dezembro de 2024.

De estudante para estudante


Lista de exercícios


Exercício 1

(UFF - RJ) Para determinar a que altura H uma fonte de luz pontual está do chão, plano e horizontal, foi realizada a seguinte experiência. Colocou-se um lápis de 0,10 m, perpendicularmente sobre o chão, em duas posições distintas: primeiro em P e depois em Q. A posição P está, exatamente, na vertical que passa pela fonte e, nesta posição, não há formação de sombra do lápis, conforme ilustra esquematicamente a figura.

Na posição Q, a sombra do lápis tem comprimento 49 (quarenta e nove) vezes menor que a distância entre P e Q. A altura H é, aproximadamente, igual a:

a) 0,49 m

b) 1,0 m

c) 1,5 m

d) 3,0 m

e) 5,0 m

Exercício 2

(FMTM - MG) O Brasil pôde presenciar, durante a passagem do dia 15 ao 16 de maio, mais um eclipse total da Lua, fato comentado por todos os jornais. Observe a manchete:

Céu limpo realça “show” do eclipse

Em termos astronômicos, o eclipse teve início às 22h05, quando o satélite começou a entrar na zona de penumbra causada pelo bloqueio de parte dos raios do Sol. Nessa fase, o fenômeno não é percebido e praticamente não há diferença no brilho da Lua. O eclipse propriamente dito começou às 23h03, quando a Lua foi obscurecida pela umbra (sombra total) da Terra. Nessa fase – que durou até 2h17 – o satélite adquiriu um tom avermelhado devido ao desvio de parte dos raios de luz na passagem pela atmosfera terrestre.

(O Estado de S. Paulo, 16.05.2003, adaptado)

No fenômeno observado aproximadamente às 0h12, em uma analogia com uma sala onde a única fonte de luz é a de uma lâmpada presa ao teto, é correto associar o Sol à lâmpada da figura:

a) 2, a mesa ao planeta Terra e um dos pontos C à Lua.

b) 2, a mesa ao planeta Terra e o ponto E à Lua.

c) 2, um dos pontos D ao planeta Terra e a mesa à Lua.

d) 1, um dos pontos A ao planeta Terra e a mesa à Lua.

e) 1, a mesa ao planeta Terra e o ponto B à Lua.