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A torção do cordão espermático é uma condição que causa dor súbita e grave, em que é necessário procurar ajuda médica imediata. Estudos indicam que anualmente o problema afete quatro a cada 100 mil homens menores de 18 anos.
Tópicos deste artigo
→ O que é o cordão espermático?
O cordão espermático é uma estrutura presente no sistema reprodutor masculino, composta pelo ducto deferente, artérias, veias, vasos linfáticos e nervos. Essa estrutura é envolta por um tecido conjuntivo e apresenta fibras que se inserem sobre o cordão.
→ O que é a torção do cordão espermático?
A torção do cordão espermático é uma condição urológica grave que pode causar até a perda do testículo, caso não receba o tratamento adequado. O paciente com essa torção apresenta dor na região escrotal que se inicia subitamente. A dor pode acompanhar sintomas como náusea e vômitos, além de sintomas urológicos, como a dificuldade em urinar.
Essa torção ocorre por causa de uma rotação do testículo em relação ao seu eixo vascular. Essa rotação provoca a interrupção do aporte sanguíneo ao testículo acometido, e, nesse caso, indica-se intervenção médica urgente.
Podemos dividir a torção de cordão espermático em dois grupos:
⇒ Torção extravaginal: Essa torção decorre de um defeito na túnica vaginalis, que não se adere às outras túnicas escrotais. Por causa desse defeito, observa-se a torção de todo o cordão espermático. É o tipo mais comum em pacientes recém-nascidos, pois, nessa faixa etária, há uma grande mobilidade desse cordão. Em alguns casos, os bebês nascem com o testículo necrosado em decorrência desse problema.
⇒ Torção intravaginal: Esse tipo de torção é o mais comum e acontece por uma fixação inadequada do testículo. Nesse caso, a túnica vaginal recobre parte do cordão e possibilita que ele gire livremente. Essa situação é observada tanto em adultos como lactentes.
→ Tratamento
O tratamento para a torção do cordão espermático deve ser rápido, uma vez que o diagnóstico atrasado ou a demora do paciente para procurar o médico pode levar à perda do testículo. O disgnóstico é feito geralmente observando-se a posição do testículo, o volume aumentado desse órgão, a dor local, entre outros sinais e sintomas. Logo após esse diagnóstico, recomenda-se a intervenção cirúrgica.
Por Ma. Vanessa Sardinha dos Santos