PUBLICIDADE
A orquite é um processo inflamatório doloroso que envolve os testículos e por vezes o epidídimo, órgão que se localiza sobre cada testículo. Na maioria das vezes a infecção se dá nos dois órgãos, e por isso a denominamos orquiepididimite. Quando a infecção ocorre apenas no epidídimo a chamamos de epididimite. Essa inflamação pode ocorrer tanto em humanos como em animais.
Essa infecção pode ocorrer em razão de: vírus, como o da caxumba; infecções transmitidas sexualmente, como gonorreia e clamídia; bactérias, como a Escherichia coli; ou traumatismo escrotal. Podemos observar dois tipos de orquite: na forma aguda e na forma crônica.
O paciente que apresenta a orquite aguda sente febre, dor local que se irradia para a virilha, e inchaço do saco escrotal, com uma sensação de peso, seguida às vezes por descamação da pele.
A orquite crônica pode não apresentar sintomas, mas o paciente pode sentir certo desconforto ao manusear o testículo.
O médico urologista deve ser procurado assim que os sintomas aparecerem. Se, por meio de exames de urina, ecografia escrotal, testes para gonorreia e clamídia, for detectada a inflamação, o tratamento deverá ser iniciado.
O tratamento inclui repouso geral, repouso sexual, uso de sunga especial pelo paciente, analgésicos e anti-inflamatórios.
O não tratamento da orquite pode levar a uma diminuição do volume dos testículos, infertilidade, além da possibilidade de a infecção evoluir para um abcesso. Há casos em que é necessária a retirada do testículo.
É importante lembrar que o aumento de volume no saco escrotal, sensibilidade ao manuseá-lo, mas sem sintomas de dor, pode ser a causa de algum tumor; por isso o médico urologista precisa ser consultado.
Paula Louredo
Graduada em Biologia