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A Síndrome Respiratória do Oriente Médio, ou simplesmente Mers (sigla para Middle East Respiratory Syndrome), é uma doença provocada por um vírus do tipo coronavírus. Esse grupo de vírus é famoso por provocar problemas respiratórios que variam de leves a infecções graves, como é o caso da Sars (Síndrome Respiratória Aguda Grave).
A Mers foi identificada pela primeira vez no ano de 2012, na Arábia Saudita. Desde sua identificação até o mês de junho de 2015, a doença já havia levado mais de 400 pessoas à morte e atingido cerca de 25 países em quatro continentes: Ásia, Europa, África e América.
A transmissão dessa síndrome ainda está sendo estudada e muitas dúvidas ainda persistem a respeito do tema, mas pesquisadores acreditam que ela ocorra de duas formas: de pessoa para pessoa e por intermédio de animais. De pessoa para pessoa, acredita-se que o vírus seja transmitido assim como outras doenças respiratórias, ou seja, por intermédio de secreções respiratórias. Já no caso de animais, acredita-se que o camelo seja uma fonte de transmissão, apesar do mecanismo ainda não ter sido compreendido. Sabe-se apenas que nesse animal é encontrado o mesmo vírus que infecta os seres humanos.
Os principais sintomas da Mers, que se iniciam de 2 a 14 dias após a contaminação, são febre, tosse, dificuldade respiratória (dispneia) e pneumonia, podendo ocorrer também diarreias, vômitos e náuseas. Em casos graves da doença, ocorre insuficiência respiratória e renal, choque séptico e pericardite (inflamação do pericárdio, membrana que envolve o coração). Estima-se que mais de 30% dos pacientes morram em decorrência da doença.
Entre os grupos que mais sofrem com a Mers estão os idosos e pacientes com doenças crônicas e/ou que possuem sistema imunológico frágil. As principais doenças relacionadas com a forma grave da Mers são diabetes, imunodeficiência, câncer e doença pulmonar crônica e renal.
Para diagnosticar a Mers, é necessário analisar os sintomas e realizar alguns testes laboratoriais. Para exames, são utilizados materiais colhidos da nasofaringe, assim como sangue. Em virtude do risco de surto da doença, o material deve ser observado em laboratório com Nível de Biossegurança 3.
Não existe vacina ou tratamento específico para a Mers. O paciente com a síndrome é medicado apenas para que os sintomas diminuam. Em casos graves da doença, pode ser necessária a internação em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs).
Assim como outras doenças respiratórias, a Mers pode ser prevenida com medidas básicas de higiene, como a lavagem das mãos com frequência. Além disso, é importante que, ao tossir ou espirrar, o acometido tampe a boca e nariz para impedir que os vírus espalhem-se pelo ambiente. Também é importante tratar o doente e evitar o contato com contaminados.
Por Ma. Vanessa dos Santos