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Paralisia de Bell

A paralisia de Bell afeta o sétimo par de nervo craniano e geralmente ocorre de maneira repentina. É uma doença sem causa muito bem estabelecida.

Homem com o lado direito da fase paralisado representando a doença paralisia de Bell.
A paralisia de Bell afeta o nervo facial, imobilizando os músculos da face
Crédito da Imagem: shutterstock
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A paralisia de Bell é uma doença que afeta ambos os sexos, no entanto, acomete mais as mulheres grávidas. Estima-se que a incidência da paralisia seja de aproximadamente 20 a 30 casos por 100 mil habitantes, e sua ocorrência é maior em pessoas com mais de 70 anos. A paralisia de Bell corresponde a cerca de 60% a 75% de todas as paralisias faciais identificadas atualmente.

Veja também: Síndrome de Guillain-Barré — doença grave, de evolução rápida e potencialmente fatal.

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O que é a paralisia de Bell?

A paralisia de Bell, também chamada de paralisia facial periférica idiopática, como o nome indica, é uma paralisia do sétimo par de nervos cranianos, o chamado nervo facial, o qual se apresenta inflamado ao longo de seu trajeto. Essa doença, que foi descrita em 1821 por Sir Charles Bell, apresenta causa pouco conhecida, é geralmente unilateral e seu início é repentino.

Alguns trabalhos indicam relação da paralisia de Bell com infecção pelo vírus herpes simples 1 e reativação do vírus varicela-zóster. Entre os fatores de risco para o desenvolvimento dessa paralisia, podemos citar a gravidez, hipertensão, diabetes mellitus e infecção pelo vírus herpes.

Quais os sintomas da paralisia de Bell?

O principal sintoma da paralisia de Bell é a paralisia da face de forma súbita. O paciente não consegue fechar completamente o olho afetado, apresenta dificuldade ou incapacidade para levantar a sobrancelha, perde a mobilidade da boca do lado atingido e tem dificuldade de se alimentar.

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Vale salientar que alguns pacientes falam ainda de uma dor retroauricular (na região localizada atrás da orelha), que permanece por alguns dias. Essa dor costuma aparecer alguns dias antes da paralisia ou até mesmo quando esta se instala. Percebe-se também que o paciente com paralisia de Bell apresenta uma diminuição na sensibilidade gustativa e na produção de lágrimas.

Leia também: Herpes-zóster — doença causada pela reativação do vírus causador da catapora.

Como é feito o diagnóstico da paralisia de Bell?

O diagnóstico de paralisia de Bell é normalmente clínico. O médico deverá analisar o nervo facial, observará o canal auditivo e verificará se não há massas tumorais presentes nas glândulas parótidas. Assim sendo, o disgnóstico será feito por exclusão de outras patologias.

Tratamento da paralisia de Bell

O tratamento da paralisia de Bell varia de paciente para paciente, sendo o objetivo principal acelerar a velocidade da recuperação e evitar possíveis sequelas. Vale salientar, no entanto, que geralmente o problema se resolve por conta própria, em um tempo de aproximadamente seis meses.

Alguns médicos recomendam o uso de corticoides e agentes antivirais, mas não há um consenso sobre esse tratamento. Outro ponto importante é o cuidado com os olhos, por isso, é importante mantê-los sempre úmidos para evitar lesões na córnea. É recomendado que o paciente feche os olhos voluntariamente a cada dois a quatro minutos e use colírios durante o dia e pomadas oftálmicas durante a noite. Geralmente, indica-se ainda acompanhamento de fisioterapeuta e psicólogo. Em alguns casos, é necessária a cirurgia.

 

Escritor do artigo
Escrito por: Vanessa Sardinha dos Santos Possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Estadual de Goiás (2008) e mestrado em Biodiversidade Vegetal pela Universidade Federal de Goiás (2013). Atua como professora de Ciências e Biologia da Educação Básica desde 2008.

Gostaria de fazer a referência deste texto em um trabalho escolar ou acadêmico? Veja:

SANTOS, Vanessa Sardinha dos. "Paralisia de Bell"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/doencas/paralisia-bell.htm. Acesso em 12 de novembro de 2024.

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