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A microcefalia é uma anomalia em que se observa uma redução do perímetro cefálico, que fica bem abaixo da média da população para determinada idade e sexo. Normalmente são enquadrados nesse diagnóstico recém-nascidos com perímetro da cabeça inferior a 33 centímetros.
A microcefalia pode estar presente logo ao nascimento (microcefalia congênita) ou se desenvolver durante os primeiros anos de vida (microcefalia pós-natal). A criança com a anomalia pode apresentar peso e comprimento normais ou ter todo o corpo abaixo da média para a sua idade. Quando apenas o crânio está fora dos padrões normais, a microcefalia é chamada de desproporcional. Quando, além do crânio, o comprimento e o peso também estão abaixo do normal, dizemos que é uma microcefalia proporcional.
→ Causas da microcefalia
A microcefalia ocorre em consequência de problemas genéticos e também de outros fatores externos. Entre os fatores externos ou ambientais que podem desencadear a doença, podemos citar a hipóxia perinatal (diminuição do oxigênio fornecido para o feto), exposição do feto à radiação, uso de drogas, consumo de álcool, desnutrição intrauterina e doenças como fenilcetonúria materna, rubéola, infecção por citomegalovírus, toxoplasmose, entre outras.
→ Efeitos da microcefalia para o bebê
A microcefalia afeta o desenvolvimento normal do cérebro, mas a gravidade relaciona-se com a causa da anormalidade. Algumas crianças terão inteligência normal; outras, no entanto, podem apresentar retardo mental e atraso no desenvolvimento. Estima-se que 90% dos casos de microcefalia ocasionem algum grau de retardo. Além disso, algumas crianças acometidas podem ter problemas como complicação motora, dificuldade de fala e convulsões.
→ Estado de emergência em saúde pública em 2015
Em novembro de 2015, o Brasil declarou Estado de Emergência em Saúde Pública após o diagnóstico de 141 casos de microcefalia em Pernambuco em menos de um ano. Esses números são 10 vezes maiores do que os registrados no ano anterior.
O Ministério da Saúde, após diversas análises, constatou que existe relação direta entre a Zika e o desenvolvimento de microcefalia. Essa teoria foi levantada porque algumas das mãe relataram o surgimento de manchas no corpo, coceira e febre durante a gestação, sintomas que sugeriam a infecção pelo vírus zika. Após a descoberta, recomendou-se que mulheres grávidas tenham cuidado redobrado e protejam-se do mosquito Aedes aegypti, utilizando repelentes e roupas de manga longa e calça.
Por Ma. Vanessa dos Santos