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Uma vez que temos meses com 28, 30 e 31 dias, alguns médicos costumam sugerir que os cálculos relativos ao tempo de gravidez de uma mulher sejam feitos de acordo com o calendário lunar. Isso significa, basicamente, considerar o seguinte:
- 1 semana lunar = 7 dias
- 1 mês lunar = 4 semanas de 7 dias = 28 dias
Como o período compreendido entre o início da gestação e o dia do parto tem cerca de 280 dias, podemos perceber que esse valor corresponde a 40 semanas.
Uma vez que um mês lunar tem 4 semanas, 40 semanas de gravidez correspondem a 10 meses lunares.
Agora que você já compreendeu essas contas, vamos seguir adiante, falando sobre o décimo mês de gestação. Esse período, compreendido entre a 37ª semana lunar até a 40ª; geralmente é a reta final da gravidez. Vale lembrar, no entanto, que em muitos casos, o bebê pode nascer antes da 40ª semana, ou mesmo atrasar um pouco mais. Neste último caso, o médico não costuma permitir que a gravidez continue por mais de duas semanas após o período estipulado (ou seja: a 40ª semana), marcando uma cesariana.
Como a ansiedade costuma ser muita, nesse período a gestante quase não dorme. Muitas vezes tem câimbras, seus pés incham, há dificuldades para andar, e até mesmo respirar, já que sua barriga tende a estar muito grande, quase pronta para o grande momento. Isso comprime ainda mais a bexiga, fazendo com que vá ao banheiro com frequência maior. Tontura, ânsia de vômito e mau humor também podem se manifestar. Por outro lado, como a euforia costuma ser muito grande, algumas mulheres costumam ocupar o seu tempo, nesse período, organizando os últimos preparativos para a chegada do bebê, incansavelmente.
Aos poucos, a vagina vai dilatando cada vez mais. Algumas vezes pode expelir pequenos sangramentos, parecidos com borra de café. Por volta da 41ª semana, costuma perder o tampão mucoso, que sela o cérvix e protege a mulher contra infecções que poderiam interferir em sua gravidez. Após esse período, as contrações costumam se manifestar.
Existem as falsas contrações e as realmente relacionadas ao parto. Estas são regulares, diminuindo progressivamente o intervalo entre uma e outra, ao mesmo tempo em que se tornam mais dolorosas. Aquelas não seguem um padrão em sua frequência, e tampouco em relação à intensidade da dor.
Lá dentro, o bebê já está completamente desenvolvido, pronto para nascer a qualquer momento. A partir daí, as mudanças mais significativas serão em torno de seu tamanho e peso, que costumam aumentar um pouco, ficando com cerca de 50 centímetros de comprimento e 3,5kg – vale lembrar que meninos tendem a ser maiores e mais pesados que as meninas. A criança está com as unhas relativamente compridas e lóbulos da orelha endurecidos. Nesse período, costuma soluçar bastante; e é capaz de sugar, mexer as pálpebras e até mesmo chorar, ou brincar com seu cordão umbilical. Seus movimentos sentidos pela mãe também passam a ser mais frequentes.
Até antes do parto, os ossos da criança ainda são bem flexíveis e relativamente macios, solidificando após esse momento. Tal fato facilita sua saída, durante o parto normal. Falando nisso, é bom que a mãe evite alimentos que provocam gases, uma vez que, caso esteja com esse problema, poderá sentir muito desconforto durante o parto. Por outro lado, é bom investir naqueles com vitamina K, como espinafre, trigo, alface e tomate, já que podem evitar o sangramento excessivo durante tal momento.
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Por Mariana Araguaia
Bióloga, especialista em Educação Ambiental
Equipe Brasil Escola
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