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Michel Temer

Michel Temer é um político e advogado brasileiro. Ingressou na política na década de 1980, alcançando a presidência de maneira polêmica: após o impeachment de Dilma Rousseff.

Michel Temer
Michel Temer esteve na presidência do Brasil entre os anos de 2016 e 2019. [1]
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Michel Temer é um advogado e político brasileiro de ascendência libanesa. Ingressou na política na década de 1980, quando filiou-se ao PMDB, e desde então foi deputado federal em diferentes mandatos e foi deputado na Assembleia Constituinte. Em 2010, foi eleito vice-presidente do Brasil, sendo reeleito para a função em 2014.

Enquanto vice-presidente, Michel Temer ficou conhecido por articular a derrubada da titular, Dilma Rousseff. Assumiu a presidência em agosto de 2016, quando o impeachment foi confirmado pelo Senado e governo até 2019. Seu governo ficou marcado por políticas de austeridade e por um escândalo de corrupção com o envolvimento direto do presidente.

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Resumo sobre Michel Temer

  • Michel Temer é um advogado e político brasileiro, nascido em família libanesa.

  • Formou-se em Direito pela Universidade de São Paulo, em 1963.

  • Atuou como professor universitário, advogado e procurador antes de ingressar na política.

  • Em 1981, filiou-se ao PMDB, mantendo-se nesse partido por décadas.

  • Em 2016, assumiu a presidência após articular a derrubada da então presidente por meio de um impeachment.

Juventude de Michel Temer

Michel Miguel Elias Temer Lulia nasceu no dia 23 de setembro de 1940, originário de Tietê, cidade do interior do estado de São Paulo. Michel Temer é filho de imigrantes libaneses que vieram ao Brasil na década de 1920. Seu pai era Nakhoul “Miguel” Elias Temer Lulia, e sua mãe se chamava Marchi Barbar Lulia, sendo ele de uma família que prosperou por meio da produção de arroz e café.

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Temer era o mais novo de seus oito irmãos e teve acesso a uma educação convencional. Em 1957, mudou-se para a cidade de São Paulo, onde concluiu o seu ensino colegial. Na capital paulista, ele ingressou na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo em 1959 e graduou-se anos depois, concluindo o curso em 1963.

Sobre a formação acadêmica de Michel Temer, convém destacar que ele concluiu um doutorado em Direito Público pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), em 1974.

Carreira profissional de Michel Temer

No âmbito profissional, Michel Temer iniciou sua carreira atuando como professor universitário. Ele trabalhou em diferentes universidades no estado de São Paulo, como a PUC-SP e a Faculdade de Direito de Itu, local do qual ele chegou a ser vice-diretor.

Paralelamente à sua atuação universitária, Michel Temer trabalhou como advogado, atuando inicialmente no ramo do direito trabalhista, mas depois se aproximando do direito público. Em 1970, tomou posse como procurador do estado de São Paulo e também chegou a montar escritórios de advocacia.

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Carreira política de Michel Temer

Michel Temer ingressou na carreira política no começo da década de 1980, filiando-se, em 1981, ao Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB). Em 1983, ele foi indicado pelo governador de São Paulo, André Franco Montoro, a assumir a Procuradoria-Geral do Estado de São Paulo. No ano seguinte, assumiu como secretário estadual de Segurança Pública.

À frente dessa pasta, ficou marcado por ter fundado a primeira Delegacia da Mulher do Brasil, realizando o feito em 1985. Temer ficou nessa posição até o ano de 1986, quando exonerou-se para disputar a eleição para composição da Assembleia Constituinte.

Na eleição para deputado federal constituinte, Michel Temer foi eleito suplente e tomou posse como deputado federal em 16 de março de 1987, porque o deputado Tidei de Lima licenciou-se da posição para assumir a Secretaria da Agricultura de São Paulo. Durante seu trabalho parlamentar, Temer integrou a Subcomissão do Poder Judiciário e do Ministério Público, da Comissão da Organização dos Poderes e Sistema de Governo.

Enquanto constituinte, Michel Temer foi contra a pena de morte, a reforma agrária e o voto aos 16 anos, mas foi favorável à legalização do aborto, direito de greve, presidencialismo e apoiou a proposta de manter o governo de José Sarney com cinco anos de duração.

Em 1990, Michel Temer disputou as eleições buscando ser novamente eleito para deputado federal, mas de novo obteve apenas a suplência. Por isso, retomou sua função como procurador-geral do estado de São Paulo, assumindo também a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo e a Secretaria de Governo.

Em 1994, Michel Temer foi eleito deputado federal e foi reeleito para a posição nas eleições durante os anos de 1998, 2002 e 2006. Em 2010, licenciou-se da posição como deputado federal para concorrer à eleição presidencial. Enquanto deputado federal, chegou a ser presidente da Câmara dos Deputados em duas ocasiões, ocupando a posição de 1997 a 2001 e de 2009 a 2010.

Temer como presidente do Brasil

Em 2010, negociações políticas levaram Michel Temer a ser convidado a assumir a posição de vice-presidente da chapa de Dilma Rousseff, candidata do Partido dos Trabalhadores à presidência da república. Seu convite representou a vitória da proposta que ele defendia de o PMDB unir-se ao PT na disputa pela presidência.

Nessa eleição, a chapa de Dilma e Temer saiu vitoriosa ao conquistar 56,05% dos votos válidos, derrotando o candidato do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), José Serra, que obteve 43,95% dos votos válidos. Michel Temer assumiu a vice-presidência em 1º de janeiro de 2011 e atuou no primeiro governo de Dilma, principalmente, como articulador político entre o governo e seu partido.

Era Michel Temer quem negociava os interesses de seu partido, o PMDB, com o governo petista. Além disso, cumpriu um importante papel diplomático, realizando uma série de viagens oficiais do governo em negociações econômicas. Para a eleição de 2014, foi cogitado que Temer poderia concorrer ao governo do estado de São Paulo pelo PMDB.

Essa proposta não agradou nem ao PMDB, nem ao PT em São Paulo, e Temer manteve-se na disputa para a vice-presidência em 2014. Atuou nas negociações de Dilma Rousseff com membros do PMDB que estavam insatisfeitos com o governo de Dilma. Naquele ano, Dilma e Temer foram reeleitos com 51,64% dos votos válidos.

No segundo governo de Dilma, a situação política se tornou delicada, e uma crise na relação dela com o PMDB se iniciou. A crise política resultou no rompimento do PMDB com o PT e em seu engajamento pelo impeachment de Dilma Rousseff. Logo, Michel Temer abandonou o papel de articulador do governo e tornou-se o articulador da derrubada de Dilma Rousseff.

A derrubada de Dilma Rousseff assegurou a posse de Michel Temer na presidência, sendo que esse impeachment é entendido pelos historiadores como um golpe parlamentar. Atribui-se esse golpe, em partes, ao desejo de grupos políticos fisiológicos de derrubar a presidente para se livrarem das investigações que eram conduzidas em escândalos de corrupção.

O governo de Michel Temer ficou marcado pela adoção de medidas de austeridade, como o teto de gastos, mas seu governo foi marcado, principalmente, por um escândalo de corrupção em que o presidente esteve diretamente envolvido. O governo de Temer quase caiu, mas ele recusou-se a renunciar e usou seu apoio parlamentar para se sustentar no poder.

Em 2019, fez a passagem da faixa presidencial para Jair Bolsonaro, eleito presidente do Brasil em 2018.

Créditos da imagem

[1] Celso Pupo e Shutterstock

 

Por Daniel Neves Silva
Professor de História

Escritor do artigo
Escrito por: Daniel Neves Silva Formado em História pela Universidade Estadual de Goiás (UEG) e especialista em História e Narrativas Audiovisuais pela Universidade Federal de Goiás (UFG). Atua como professor de História desde 2010.

Gostaria de fazer a referência deste texto em um trabalho escolar ou acadêmico? Veja:

SILVA, Daniel Neves. "Michel Temer"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/biografia/michel-temer.htm. Acesso em 19 de abril de 2024.

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