Baleia-azul

A baleia-azul é um mamífero aquático que se destaca por ser o maior animal do mundo, podendo atingir incríveis 30 metros de comprimento.

Tópicos deste artigo

• 1 - → Habitat
• 2 - → Classificação da baleia-azul
• 3 - → Características da baleia-azul
• 4 - → Alimentação da baleia-azul
• 5 - → Reprodução e gestação da baleia-azul
• 6 - → Ameaças à baleia-azul

→ Habitat

Essa espécie é encontrada em todos os oceanos do planeta e, de acordo com a União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (IUCN), a baleia-azul está ausente apenas em alguns mares regionais, como o Mar Mediterrâneo, Mar de Okhotsk e Mar de Bering.

→ Classificação da baleia-azul

A baleia-azul, para o espanto de alguns, não é um peixe, e sim um mamífero com adaptações à vida aquática. Ela faz parte da ordem Cetartiodactyla, família Balaenopteridae e gênero Balaenopter. O nome científico dessa espécie é Balaenoptera musculus.

→ Características da baleia-azul

A baleia-azul apresenta corpo longo e hidrodinâmico com coloração azul acinzentada e manchas claras, que podem ser utilizadas na identificação dos indivíduos. Na parte de baixo do seu corpo, observa-se uma coloração mais clara. Na pele dessas baleias, podem ainda ser encontradas diatomáceas, que dão um aspecto marrom a esses animais.

A cabeça da baleia-azul é larga, tem formato de U e equivale a aproximadamente um quarto do tamanho do corpo do animal. Da garganta partem pregas ventrais, que se estendem até aproximadamente metade do corpo do animal.

A baleia-azul possui nadadeiras peitorais pequenas, que correspondem a cerca de 10% do comprimento total do corpo dessa espécie. A nadadeira dorsal é também relativamente pequena e está localizada no quarto posterior do corpo do animal. A nadadeira caudal, por sua vez, é larga e com pedúnculo caudal grosso.

A baleia-azul não possui dentes, mas uma estrutura que lembra uma franja, a qual garante a filtração da água e a retirada das presas. No que diz respeito à respiração, assim como todos os mamíferos, as baleias-azuis respiram por meio de pulmões. Esses animais, portanto, precisam ir até a superfície para respirar. Durante a expiração, o borrifo produzido pelo animal pode formar uma coluna de 6 a 12 metros de comprimento.

As baleias apresentam algumas diferenças entre machos e fêmeas, mas que são pouco evidentes. Geralmente o macho é menor que a fêmea, a qual é também mais pesada. A maior baleia já registrada era uma fêmea de 33,6 metros de comprimento.

Esses animais vivem geralmente sozinhos, em duplas ou trios, sendo encontrados em grupos maiores nas áreas de alimentação e reprodução. Grupos de mais de 50 animais já foram observados nessas áreas.

As baleias-azuis apresentam modos de migração variados. Na época de alimentação, que se estende do verão ao início do outono, por exemplo, muitas baleias migram para águas polares ou subpolares. Já no período reprodutivo, que se estende do inverno à primavera, as baleias-azuis migram para áreas tropicais e subtropicais.

→ Alimentação da baleia-azul

A baleia-azul não é um grande predador. Esse mamífero alimenta-se de pequenos animais, tais como pequenos crustáceos, zooplâncton e pequenos peixes e moluscos. Podem alimentar-se tanto em área de superfície como em grandes profundidades.

No Hemisfério Sul, a baleia-azul consome, principalmente, krill (nome dado a um conjunto de animais invertebrados que lembram o camarão). Estima-se que uma única baleia possa comer diariamente quatro toneladas de krill.

→ Reprodução e gestação da baleia-azul

A maturidade sexual das baleias-azuis acontece por volta dos 10 anos de idade. O filhote desenvolve-se dentro do corpo da mãe, e a gestação dura de 11 a 12 meses. Os filhotes já nascem com grande tamanho e peso, apresentando cerca de 7 metros de comprimento e mais de 2 toneladas.

→ Ameaças à baleia-azul

A baleia-azul, no passado, sofreu extremamente com a caça, o que causou uma grande redução na sua população e um grave perigo de extinção. Por essa razão, esse animal passou a ser protegido por lei na década de 1960.

Atualmente essa espécie está protegida, mas ainda enfrenta ameaças, tais como alterações no habitat e mudanças climáticas. Esse grande animal atualmente está classificado como “em perigo” na Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da IUCN.

Por Ma. Vanessa Sardinha dos Santos