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Rosácea é uma dermatose, ou seja, uma doença de pele. Possui caráter inflamatório e afeta os vasos sanguíneos da pele. Essa doença acomete, principalmente, mulheres, porém afeta também homens. É rara em negros e comum em pessoas de pele branca e descendentes de europeus. A doença apresenta causa multifatorial e desenvolve-se, principalmente, em adultos com idades entre 30 anos e 50 anos. É responsável por causar vermelhidão na pele.
Tópicos deste artigo
- 1 - → Causas da rosácea
- 2 - → Sintomas da rosácea
- 3 - → Rosácea coça?
- 4 - → Tipos de rosácea
- 5 - → Rosácea eritemato-telangectásica
- 6 - → Rosácea papulopustulosa
- 7 - → Rosácea fimatosa (rinofima)
- 8 - → Rosácea ocular
- 9 - → A rosácea tem cura definitiva?
- 10 - → Tratamento da rosácea
→ Causas da rosácea
A rosácea é uma doença inflamatória crônica de origem ainda desconhecida, entretanto, acredita-se que haja uma base genética. A doença apresenta ainda relação com o ácaro Demodex folliculorum, que vive na pele humana, e com a bactéria Bacillus oleronius. Essa doença caracteriza-se por períodos de surtos, com sintomas da doença, e de remissões, nos quais não há sinais da doença. Esses surtos apresentam relação com o estresse, exposição solar, frio, vento e com o consumo de algumas bebidas e alimentos.
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→ Sintomas da rosácea
A rosácea é uma doença de caráter inflamatório relativamente comum e apresenta diferentes manifestações. De uma maneira geral, a rosácea afeta, principalmente, a região central da face, provocando vermelhidão na pele (eritema) bastante característica. É comum a ocorrência de flushing facial, períodos nos quais o paciente apresenta sensação súbita de calor e vermelhidão na pele.
Além disso, a pele torna-se mais sensível, seca e fica irritada com mais frequência, sendo fundamental, portanto, atenção aos tipos de cosméticos utilizados na área. Percebe-se ainda o aumento de vasos finos dilatados na pele (telangiectasias), além de pápulas e pústulas (pequenas lesões na pele) que se assemelham à acne. Sintomas oculares podem também estar presentes, tais como olho seco, irritação e conjuntivite.
Pode ocorrer ainda quadros mais graves com o surgimento de rinofima, situação caracterizada pelo espessamento da pele do nariz e dilatação dos folículos. Essas alterações causam um aumento gradual do nariz, levando a uma deformação.
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→ Rosácea coça?
Apesar de não ser um dos sintomas mais comuns, os pacientes com rosácea podem apresentar coceira. Um dos fatores que podem levar a esse sintoma é a sensibilidade aumentada da pele. Por isso, é necessário cuidar bem da pele e escolher bem os cosméticos que serão utilizados, uma vez que muitas fórmulas acabam secando e irritando a pele.
→ Tipos de rosácea
A rosácea pode ser classificada em quatro tipos básicos com base nos sinais e sintomas apresentados:
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Subtipo 1 - Eritemato-telangectásico
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Subtipo 2 - Papulopustuloso
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Subtipo 3 - Fimatoso (Rinofima)
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Subtipo 4 - Ocular
A seguir descreveremos melhor alguns desses tipos.
→ Rosácea eritemato-telangectásica
Nesse tipo de rosácea, temos como lesões predominantes o eritema facial central persistente e a telangiectasia, ou seja, o paciente apresenta vermelhidão e verifica-se um aumento de vasos finos dilatados na pele. Na rosácea eritemato-telangectásica, que pode acometer também orelhas, pescoço e tórax, ocorre também o flushing facial, uma sensação abrupta de calor e vermelhidão na pele. O flushing facial dura, geralmente, mais de dez minutos.
→ Rosácea papulopustulosa
Nesse tipo de rosácea, temos o aparecimento de pápulas e/ou pústulas como característica mais marcante. A pápula pode ser definida como uma lesão elevada e sólida na pele, enquanto a pústula é uma elevação que apresenta pus. Na rosácea papulopustulosa, pode ocorrer o envolvimento das regiões perioral, perinasal e periocular. O flushing nesse tipo de rosácea é observado com menor intensidade.
→ Rosácea fimatosa (rinofima)
Nesse tipo de rosácea, ocorre a presença de fima, que se caracteriza pela hipertrofia das glândulas sebáceas e pela proliferação de tecido conectivo e vasos sanguíneos. O tipo mais comum de fima é aquele que afeta o nariz (rinofima). A rinofima caracteriza-se pelo aumento gradual e deformante do nariz em decorrência do espessamento e da dilatação dos folículos, que causam alterações na cor, textura e vascularização da região. Esse quadro é mais comum em homens do que em mulheres e é considerado a forma mais grave da rosácea. O tratamento envolve, geralmente, procedimentos cirúrgicos.
→ Rosácea ocular
Na rosácea ocular, ocorre o comprometimento dos olhos, com o surgimento de blefarite e de conjuntivite. A blefarite é uma inflamação da pálpebra que causa comprometimento dos cílios e da produção de lágrimas. A conjuntivite, por sua vez, é a inflamação da membrana externa do olho e da região interior da pálpebra. Algumas vezes, a rosácea ocular pode evoluir para casos de ceratite (inflamação da córnea), esclerite (inflamação da esclera) ou irite (inflamação da íris).
→ A rosácea tem cura definitiva?
A rosácea não apresenta cura definitiva. Seu tratamento é usado como forma de controle do problema e para evitar a remissão do quadro. Vale salientar que o tratamento escolhido pelo médico dependerá do tipo de rosácea apresentado e também das condições clínicas do paciente.
→ Tratamento da rosácea
A pessoa com rosácea apresenta vasos finos dilatados na pele (telangiectasias).
O tratamento da rosácea visa a controlar os surtos da doença e a amenizar os sintomas. Cada tratamento é individualizado e dependerá do quadro do paciente. Geralmente, é recomendado o uso de sabonetes adequados à pele do paciente e proteção solar constante. Recomendam-se ainda alguns medicamentos tópicos (usados diretamente na pele) e orais. Entre os medicamentos de uso tópico, o mais utilizado é o metronidazol, que é aplicado, normalmente, uma ou duas vezes ao dia. Já entre os medicamentos via oral, os mais utilizados são as tetraciclinas, que agem como anti-inflamatórios.
Além dos medicamentos, recomenda-se laser ou luz pulsada para o tratamento das telangiectasias. Já no caso de rinofima, podem ser recomendados procedimentos cirúrgicos, radiofrequência, laser ou ainda dermabrasão (método controlado de raspagem cirúrgica).
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Os médicos recomendam ainda evitar algumas situações que tenham relação com surtos da doença. Entre os agravantes, podemos citar: temperaturas extremas (tanto quentes quanto frias), exposição inadequada ao sol, bebidas alcoólicas, bebidas quentes, alimentos apimentados, alguns medicamentos vasodilatadores e estresse.
ATENÇÃO: Procure imediatamente um dermatologista sempre que notar alterações anormais na pele, como manchas e vermelhidão que não desaparecem.
Por Ma. Vanessa dos Santos