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Rosácea

Rosácea é uma doença inflamatória crônica que afeta, principalmente, mulheres. Sua causa é pouco conhecida e seus principais sintomas são vermelhidão, pele sensível e seca.

Rosácea é uma dermatose que afeta a pele do rosto.
Rosácea é uma dermatose que afeta a pele do rosto.
Crédito da Imagem: shutterstock
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Rosácea é uma dermatose, ou seja, uma doença de pele. Possui caráter inflamatório e afeta os vasos sanguíneos da pele. Essa doença acomete, principalmente, mulheres, porém afeta também homens. É rara em negros e comum em pessoas de pele branca e descendentes de europeus. A doença apresenta causa multifatorial e desenvolve-se, principalmente, em adultos com idades entre 30 anos e 50 anos. É responsável por causar vermelhidão na pele.

Tópicos deste artigo

Causas da rosácea

A rosácea é uma doença inflamatória crônica de origem ainda desconhecida, entretanto, acredita-se que haja uma base genética. A doença apresenta ainda relação com o ácaro Demodex folliculorum, que vive na pele humana, e com a bactéria Bacillus oleronius. Essa doença caracteriza-se por períodos de surtos, com sintomas da doença, e de remissões, nos quais não há sinais da doença. Esses surtos apresentam relação com o estresse, exposição solar, frio, vento e com o consumo de algumas bebidas e alimentos.

Leia também: Risco do consumo de bebidas alcoólicas

Sintomas da rosácea

A rosácea é uma doença de caráter inflamatório relativamente comum e apresenta diferentes manifestações. De uma maneira geral, a rosácea afeta, principalmente, a região central da face, provocando vermelhidão na pele (eritema) bastante característica. É comum a ocorrência de flushing facial, períodos nos quais o paciente apresenta sensação súbita de calor e vermelhidão na pele.

Além disso, a pele torna-se mais sensível, seca e fica irritada com mais frequência, sendo fundamental, portanto, atenção aos tipos de cosméticos utilizados na área. Percebe-se ainda o aumento de vasos finos dilatados na pele (telangiectasias), além de pápulas e pústulas (pequenas lesões na pele) que se assemelham à acne. Sintomas oculares podem também estar presentes, tais como olho seco, irritação e conjuntivite.

Sintomas da rosácea

Pode ocorrer ainda quadros mais graves com o surgimento de rinofima, situação caracterizada pelo espessamento da pele do nariz e dilatação dos folículos. Essas alterações causam um aumento gradual do nariz, levando a uma deformação.

Leia também: Acne

Rosácea coça?

Apesar de não ser um dos sintomas mais comuns, os pacientes com rosácea podem apresentar coceira. Um dos fatores que podem levar a esse sintoma é a sensibilidade aumentada da pele. Por isso, é necessário cuidar bem da pele e escolher bem os cosméticos que serão utilizados, uma vez que muitas fórmulas acabam secando e irritando a pele.

Tipos de rosácea

A rosácea pode ser classificada em quatro tipos básicos com base nos sinais e sintomas apresentados:

  • Subtipo 1 - Eritemato-telangectásico

  • Subtipo 2 - Papulopustuloso

  • Subtipo 3 - Fimatoso (Rinofima)

  • Subtipo 4 - Ocular

A seguir descreveremos melhor alguns desses tipos.

Rosácea eritemato-telangectásica

Nesse tipo de rosácea, temos como lesões predominantes o eritema facial central persistente e a telangiectasia, ou seja, o paciente apresenta vermelhidão e verifica-se um aumento de vasos finos dilatados na pele. Na rosácea eritemato-telangectásica, que pode acometer também orelhas, pescoço e tórax, ocorre também o flushing facial, uma sensação abrupta de calor e vermelhidão na pele. O flushing facial dura, geralmente, mais de dez minutos.

Rosácea papulopustulosa

Nesse tipo de rosácea, temos o aparecimento de pápulas e/ou pústulas como característica mais marcante. A pápula pode ser definida como uma lesão elevada e sólida na pele, enquanto a pústula é uma elevação que apresenta pus. Na rosácea papulopustulosa, pode ocorrer o envolvimento das regiões perioral, perinasal e periocular. O flushing nesse tipo de rosácea é observado com menor intensidade.

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Rosácea fimatosa (rinofima)

Nesse tipo de rosácea, ocorre a presença de fima, que se caracteriza pela hipertrofia das glândulas sebáceas e pela proliferação de tecido conectivo e vasos sanguíneos. O tipo mais comum de fima é aquele que afeta o nariz (rinofima). A rinofima caracteriza-se pelo aumento gradual e deformante do nariz em decorrência do espessamento e da dilatação dos folículos, que causam alterações na cor, textura e vascularização da região. Esse quadro é mais comum em homens do que em mulheres e é considerado a forma mais grave da rosácea. O tratamento envolve, geralmente, procedimentos cirúrgicos.

Rosácea ocular

Na rosácea ocular, ocorre o comprometimento dos olhos, com o surgimento de blefarite e de conjuntivite. A blefarite é uma inflamação da pálpebra que causa comprometimento dos cílios e da produção de lágrimas. A conjuntivite, por sua vez, é a inflamação da membrana externa do olho e da região interior da pálpebra. Algumas vezes, a rosácea ocular pode evoluir para casos de ceratite (inflamação da córnea), esclerite (inflamação da esclera) ou irite (inflamação da íris).

A rosácea tem cura definitiva?

A rosácea não apresenta cura definitiva. Seu tratamento é usado como forma de controle do problema e para evitar a remissão do quadro. Vale salientar que o tratamento escolhido pelo médico dependerá do tipo de rosácea apresentado e também das condições clínicas do paciente.

Tratamento da rosácea

A pessoa com rosácea apresenta vasos finos dilatados na pele (telangiectasias).
A pessoa com rosácea apresenta vasos finos dilatados na pele (telangiectasias).

O tratamento da rosácea visa a controlar os surtos da doença e a amenizar os sintomas. Cada tratamento é individualizado e dependerá do quadro do paciente. Geralmente, é recomendado o uso de sabonetes adequados à pele do paciente e proteção solar constante. Recomendam-se ainda alguns medicamentos tópicos (usados diretamente na pele) e orais. Entre os medicamentos de uso tópico, o mais utilizado é o metronidazol, que é aplicado, normalmente, uma ou duas vezes ao dia. Já entre os medicamentos via oral, os mais utilizados são as tetraciclinas, que agem como anti-inflamatórios.

Além dos medicamentos, recomenda-se laser ou luz pulsada para o tratamento das telangiectasias. Já no caso de rinofima, podem ser recomendados procedimentos cirúrgicos, radiofrequência, laser ou ainda dermabrasão (método controlado de raspagem cirúrgica).

Leia também: Importância dos protetores solares

Os médicos recomendam ainda evitar algumas situações que tenham relação com surtos da doença. Entre os agravantes, podemos citar: temperaturas extremas (tanto quentes quanto frias), exposição inadequada ao sol, bebidas alcoólicas, bebidas quentes, alimentos apimentados, alguns medicamentos vasodilatadores e estresse.

ATENÇÃO: Procure imediatamente um dermatologista sempre que notar alterações anormais na pele, como manchas e vermelhidão que não desaparecem.

Por Ma. Vanessa dos Santos

Escritor do artigo
Escrito por: Vanessa Sardinha dos Santos Possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Estadual de Goiás (2008) e mestrado em Biodiversidade Vegetal pela Universidade Federal de Goiás (2013). Atua como professora de Ciências e Biologia da Educação Básica desde 2008.

Gostaria de fazer a referência deste texto em um trabalho escolar ou acadêmico? Veja:

SANTOS, Vanessa Sardinha dos. "Rosácea"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/saude/rosacea.htm. Acesso em 21 de novembro de 2024.

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