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Pediculose do couro cabeludo

A pediculose do couro cabeludo é uma doença causada pela infestação de piolho da espécie Pediculos humanos capitis .

O Pediculos humanos capitis é o piolho encontrado na cabeça
O Pediculos humanos capitis é o piolho encontrado na cabeça
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É muito comum, na idade escolar, que as crianças adquiram piolho. Alguns trabalhos estimam que, somente no Brasil, a pediculose (infestação de piolhos) acometa cerca de 30% das crianças nessa fase. Diante do grande número de acometidos, é essencial entender melhor o problema.

O que é o piolho?

O piolho é um artrópode pertencente à classe dos insetos que se alimenta de sangue (inseto hematófago). Apresenta corpo dividido em cabeça, tórax e abdome e não apresenta asas. Possui um ciclo de vida que se completa em 30 dias, passando pelas fases de lêndea (ovo), ninfa e adulto.

O piolho que vive preferencialmente na cabeça é chamado de Pediculos humanos capitis. Existe ainda uma espécie que vive no corpo (Pediculus humanus corporis) e outra que afeta a região pubiana (Phthirus pubis), mas essas espécies não serão abordadas neste texto.

O que é pediculose do couro cabeludo?

Pediculose é o problema desencadeado pela infestação de piolhos. Ela acomete pessoas de todas as idades e níveis sociais, mas crianças entre 5 e 11 anos são os casos mais comuns.

A pediculose desencadea incômodo em razão da grande coceira que ela ocasiona. Como atinge, principalmente, crianças em idade escolar, esse problema afeta diretamente o rendimento na escola, uma vez que as crianças não conseguem se concentrar em suas atividades.

A coceira intensa pode fazer com que as pessoas com pediculose cocem a cabeça com a unha, provocando feridas que podem ser porta de entrada para fungos e bactérias. A entrada de bactérias estafilocócicas, por exemplo, pode causar um quadro de impetigo.

Infestações muito severas podem também desencadear anemia, haja vista que os piolhos são insetos hematófagos e atuam, portanto, retirando sangue de seu hospedeiro.

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Transmissão da pediculose do couro cabeludo

A pediculose é transmitida por meio do contato corporal ou de materiais que ficam em contato com a cabeça do infectado. Por esse motivo, é importante não emprestar chapéus, bonés, lenços, presilhas, almofadas e pentes. Vale destacar também que o piolho não salta e, tampouco, voa.

O que fazer em caso de pediculose do couro cabeludo?

O método mais eficiente para combater a pediculose é o uso de pente fino. Apesar de ser um método um tanto quanto antigo, ele é capaz de retirar adultos e ninfas. Vale destacar que, após a passagem do pente fino, é importante realizar a catação para retirar lêndeas, que são os ovos desses insetos.

Vale frisar que hoje diversos medicamentos estão disponíveis para acabar com a pediculose. Em algumas pessoas, no entanto, podem desencadear efeitos colaterais. Além disso, alguns piolhos têm apresentado resistência ao produto e, consequentemente, o resultado esperado não é alcançado. Assim sendo, o pente fino e a catação, sem dúvidas, ainda continua sendo o melhor método.

É importante também nunca usar produtos como inseticidas e querosene para matar piolhos. Esses produtos são tóxicos e podem desencadear problemas graves em quem os utiliza para esse fim.

Dica para retirar as lêndeas

Para retirar as lêndeas, é recomendada a utilização de algodão e vinagre diluído na proporção de 1:1. Inicialmente, selecione de 3 a 4 fios de cabelo que possuem lêndeas. Depois, molhe o algodão no vinagre e envolva-o nos fios na região da base. Posteriormente, puxe lentamente o algodão no sentido da ponta do cabelo.


Por Ma. Vanessa dos Santos

Escritor do artigo
Escrito por: Vanessa Sardinha dos Santos Possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Estadual de Goiás (2008) e mestrado em Biodiversidade Vegetal pela Universidade Federal de Goiás (2013). Atua como professora de Ciências e Biologia da Educação Básica desde 2008.

Gostaria de fazer a referência deste texto em um trabalho escolar ou acadêmico? Veja:

SANTOS, Vanessa Sardinha dos. "Pediculose do couro cabeludo"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/saude-na-escola/pediculose-couro-cabeludo.htm. Acesso em 21 de novembro de 2024.

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