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Desde que deu seus primeiros passos, ainda no século XIX, a Química Orgânica não parou de evoluir. Para se ter uma ideia, acompanhe o aumento do número de compostos orgânicos conhecidos.
- Em 1880, conhecia-se cerca de 12.000 compostos;
- Até 1910, o número era de 150.000;
- Já em 1940, o número de compostos conhecidos saltou para 500.000;
- Atualmente, estima-se um número acima de 16.000.000.
Alguns desses são encontrados naturalmente e outros são produzidos sinteticamente, mas por que essa variedade de compostos orgânicos? Os preceitos estabelecidos por Friedrich August Kekulé (1829-1896) fizeram toda a diferença. Esse cientista iniciou suas pesquisas tomando o Carbono como centro das atenções e propôs em 1858 um conceito que usamos até hoje:
Química Orgânica é a parte da Química que estuda os compostos do carbono.
Desde então ficou estabelecido que a Química Orgânica é a química dos compostos do carbono, e como esse elemento é tetravalente, tudo se explica. O carbono, com sua capacidade de formar quatro ligações, é responsável por uma vasta quantidade de compostos. Ele se une a diferentes elementos e origina longas cadeias, e, de acordo com o rearranjo molecular, elas tomam propriedades totalmente diferentes umas das outras.
A síntese em laboratório é capaz de modificar a estrutura de uma cadeia carbônica e dar a ela um novo formato com propriedades distintas da molécula original, a este produto denota-se a definição de composto orgânico sintético. O processo é muito útil na fabricação de medicamentos pelas Indústrias farmacêuticas, na obtenção de plásticos (polímeros), fibras têxteis, corantes, inseticidas, etc.
Os compostos orgânicos naturais têm como fonte principal o petróleo, carvão mineral, gás natural, entre outras. Mas como estamos falando da Química orgânica do século XXI, é importante ressaltar que hoje é possível sintetizar qualquer substância química, graças à modernização das técnicas de laboratório.
Por Líria Alves
Graduada em Química
Equipe Brasil Escola
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