O tectonismo – também chamado de diastrofismo – é um dos agentes endógenos de transformação do relevo terrestre, oriundo da movimentação, inteiração, colisão e afastamento das placas tectônicas. Graças a esses movimentos, manifesta-se na superfície terrestre uma série de formas de relevo, como as montanhas, além de fenômenos como o vulcanismo e os terremotos.
As placas tectônicas são algumas partes que compõem a crosta terrestre e existem graças à fina espessura dessa camada e à grande pressão exercida pela movimentação do magma localizado na região do manto.
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O que provoca a movimentação das placas tectônicas?
As placas tectônicas movem-se graças à ação das chamadas células ou correntes de convecção, que são os movimentos circulares exercidos pelo magma e que funcionam como uma espécie de “esteira” que, ao girar, provoca o deslocamento dessas placas.
Como essas placas se movimentam?
As placas tectônicas movimentam-se e interagem-se a partir de dois movimentos principais: a orogênese e a epirogênese.
A orogênese refere-se a movimentos horizontais realizados pelas placas tectônicas, os quais são responsáveis pela aproximação ou afastamento entre elas. Eles costumam ocorrer em regiões instáveis e geologicamente recentes, provocando a ocorrência de terremotos e vulcanismo, além da formação de cadeias de montanhas.
A epirogênese refere-se aos movimentos verticais realizados pelas placas tectônicas, geralmente associados à emigração ou imigração de magma do subsolo, provocando o soerguimento ou a declinação do relevo. Ocorre, geralmente, em zonas continentais, longe das placas tectônicas, regiões estáveis e de formação geológica recente.
Nas zonas de encontro – também chamadas de zonas endógenas de tensão – entre as placas tectônicas, existe uma classificação que segmenta os diferentes tipos e suas consequências. De um lado, temos as zonas de convergência e, de outro, as zonas de divergência.
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As zonas de convergência, como o próprio nome sugere, ocorrem quando as placas tectônicas se convergem, em função de se deslocarem uma em direção à outra. Elas ocorrem de duas formas, quando os movimentos das placas são opostos (subducção) e quando eles são tangentes (obducção). Observe os esquemas abaixo:
Os movimentos de convergência de obducção e subducção
As zonas de divergência, por sua vez, acontecem com o afastamento das placas tectônicas, fenômeno que costuma ocorrer em regiões oceânicas, provocando a formação de fossas, também conhecidas por dorsais oceânicas.
O movimento de divergência das placas tectônicas
Quantas placas tectônicas existem?
Existem 12 placas tectônicas, a saber: Africana, Antártica, Arábica, Caribeana, dos Cocos, Eurasiática, Filipina, Indo-Australiana, de Nazca, Norte-Americana, do Pacífico e a Sul-americana. É nessa última onde se encontra o território brasileiro.
Quais as principais consequências do tectonismo?
Além dos terremotos e vulcanismos, geralmente presentes nas regiões de fronteira entre duas placas tectônicas, o movimento das placas tectônicas provoca a modelagem do nosso relevo, como as montanhas, as falhas, depressões e dobramentos na superfície. Além disso, é graças a esses movimentos que os continentes encontram-se em sua atual forma, pois, antes, sua distribuição sobre a superfície da Terra era bem diferente.
No início, segundo a teoria da Deriva Continental, havia apenas um continente, chamado de Pangeia, que se dividiu por várias e várias vezes, formando a Gondwana e a Laurásia, que novamente se dividiu, dando origem aos atuais continentes. Como as placas tectônicas continuam se movimentando, é possível que daqui a alguns milhares de anos as configurações das terras emersas do planeta sejam diferentes das atuais.
Por Me. Rodolfo Alves Pena