O tecido nervoso é constituído por dois componentes principais: as células da glia e os neurônios. Os neurônios estão relacionados à propagação do impulso nervoso, sendo, portanto, as células responsáveis por captar e transmitir a mensagem de outras células.
Sem ser estimulado, um neurônio encontra-se em repouso. Nessa situação, percebe-se que a superfície interna da membrana é mais negativa em relação à superfície da membrana externa do neurônio. A diferença de potencial elétrico é de aproximadamente 70 a 90 milivolts e é chamada de potencial de repouso.
O potencial de repouso é mantido graças à bomba de sódio e potássio, que transporta íons de sódio ativamente para o exterior do neurônio e o potássio para o interior. O potássio rapidamente vai novamente para o exterior, em virtude da permeabilidade da membrana a esse íon. Isso faz com que a membrana fique mais positiva externamente.
Observe como a entrada e saída de íons mudam o potencial da membrana
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A partir do momento em que ocorre o estímulo, inicia-se uma despolarização, ou seja, a superfície interna da membrana torna-se mais positiva em relação à externa. Isso acontece graças a uma alteração na permeabilidade da membrana, que faz com que o sódio entre para o interior da célula, mudando o potencial da membrana. Esse fenômeno ocorre sempre em pequenas porções da membrana, nunca em um neurônio inteiro, sendo chamado de potencial de ação. Essa inversão das cargas ocorre rapidamente e logo o estado de repouso é retomado. É a chamada repolarização.
A alteração do potencial da membrana estimulará a área seguinte, fazendo com que o potencial de ação propague-se ao longo da membrana. Este é o impulso nervoso.
Para que o impulso seja transmitido, o estímulo deve atingir certa intensidade. Caso contrário, ele só provocará algumas alterações na membrana da célula, não desencadeando a propagação do impulso. O estímulo forte o suficiente para propagar um impulso é denominado estímulo limiar.
Por Ma. Vanessa dos Santos