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Guerra de Sucessão Espanhola

A Guerra de Sucessão Espanhola, que durou onze anos (1702 a 1714), deveu-se a uma crise entre casas aristocráticas após a morte do rei Carlos II da Espanha.

Acima, Felipe V em uma das batalhas da Guerra de Sucessão Espanhola
Acima, Felipe V em uma das batalhas da Guerra de Sucessão Espanhola
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Na passagem do século XVII para o século XVIII, a Europa vivia o auge do absolutismo monárquico, em que as “casas aristocráticas”, ou linhagens nobres, articulavam-se para exercer o poder sobre os diversos reinos do continente. A Guerra de Sucessão Espanhola, que aconteceu entre os anos de 1702 e 1714, foi o maior conflito entre essas casas aristocráticas, tendo sido motivada pelo problema da herança do trono real da Espanha após a morte do, até então, rei Carlos II em 1700.

Antes de morrer, Carlos II aventou alguns possíveis nomes para seu trono, já que não possuía um herdeiro direito. O nome a que chegou Carlos II foi o de Felipe de Bourbon, conhecido como Duque de Anjour, que era neto do rei Luís XIV da França. Após o falecimento de Carlos II, as cortes espanholas reuniram-se nas cidades de Madrid e Barcelona para deliberar e reconhecer o novo rei. O Duque de Anjour foi então alçado à categoria de monarca sob o título de Felipe V. Assim sendo, a Espanha passava a ter um rei da casa do Bourbons, a mesma que governava a França.

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Um rei dos Bourbons na Espanha gerava uma tensão muito grande em outros países da Europa que eram gestados por outras linhagens aristocráticas, sobretudo a dos Habsburgos. A tensão acontecia, sobretudo, porque Luís XIV, o então rei da França, precisaria, em breve, de um sucessor. Levantou-se a hipótese de que Luís XV poderia ser o seu neto, o aclamado rei da Espanha. Nesse sentido, havia a possibilidade de Felipe V tornar-se rei da Espanha e França ao mesmo tempo. Algumas nações posicionaram-se contra isso, formando uma “Grande Aliança” para enfrentar a Espanha.

A Grande Aliança foi formada por Áustria, Inglaterra, Holanda, Suécia, Dinamarca e os principados alemães. O Tratado de Haia, assinado em setembro de 1701, selou sua formação e determinou suas diretrizes. A guerra estourou no ano seguinte.

O começo da guerra motivada pela sucessão do trono espanhol ocorreu no norte da Itália, que à época não era ainda um Estado unificado, mas uma miríade de pequenos reinos, e logo se espalhou para outras regiões, como os Países Baixos, os principados da Alemanha, o norte da França e, evidentemente, a Península Ibérica. Essa guerra mobilizou praticamente todas as nações europeias ao longo dos onze anos de sua duração.

O problema só foi resolvido quando, por meio do Tratado de Paz de Utrecht, a Espanha, vencida pelas tropas inglesas e holandesas, teve de se comprometer a renunciar quaisquer pretensões ao trono francês e, além disso, a garantir territórios e conexões comerciais às nações vencedoras. Parte das sanções do referido tratado também foi destinada à França, já que essa apoiou a Espanha na guerra.


Por Me. Cláudio Fernandes

Escritor do artigo
Escrito por: Cláudio Fernandes Escritor oficial Brasil Escola

Gostaria de fazer a referência deste texto em um trabalho escolar ou acadêmico? Veja:

FERNANDES, Cláudio. "Guerra de Sucessão Espanhola"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/historiag/guerra-sucessao-espanhola.htm. Acesso em 21 de novembro de 2024.

De estudante para estudante


Lista de exercícios


Exercício 1

Na chamada Guera de Sucessão da Espanha (1702-1714), o principal motivo que levou França e Espanha a entrarem no conflito contra a Inglaterra e outros países foi:

a) o assassinato do rei Felipe de Bourbon.

b) a vacuidade do trono espanhol após a morte de Carlos II.

c) a usurpação do trono espanhol por Luís XVI

d) a revolta dos espanhóis contra a invasão do exército napoleônico.

e) os efeitos políticos da Guerra das Duas Rosas.

Exercício 2

Leia o texto e assinale a alternativa correta:

Pouco depois de terminadas as negociações entre ingleses e franceses, no início de 1713, chegou a vez dos últimos iniciarem suas negociações com os portugueses. A posição de Portugal sobre as terras em disputa entre as duas Coroas no norte do Brasil era de que a ele pertencia por direito todas as terras do Cabo do Norte, situadas entre o Amazonas e o rio de Vicente Pinzón, ou Oiapoque, e que a possessão dessas terras dava-lhe o direito exclusivo à navegação do rio Amazonas.” (FURTADO, Júnia Ferreira. Guerra, diplomacia e mapas: Guerra de Sucessão Espanhola, o Tratado de Ultrecht e a América portuguesa na cartografia de D'Anville. Topoi, v. 12, n. 23, jul-dez., 2011. p. 76.)

Em 1713, a Guerra de Sucessão da Espanha estava chegando ao fim e Portugal conseguiu feixes de terra na Amazônia, apesar de ter perdido o monopólio expresso no Pacto Colonial. Que tratado foi assinado nesse ano e estabeleceu tais acordos?

a) Tratado de Methuen

b) Tratado de Coimbra

c) Tratado de Londres

d) Tratado de Haia

e) Tratado de Utrecht