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João Goulart foi um político que iniciou sua vida política, na década de 1940, por influência de Getúlio Vargas. Também conhecido como Jango, esse político teve sua carreira vinculada ao PTB e chegou a ocupar posições de destaque na nossa política. Assumiu a presidência em 1961, mas foi derrubado de sua posição pelo Golpe Civil-Militar de 1964.
Acesse também: A ascensão de Vargas à presidência do Brasil
Tópicos deste artigo
- 1 - Resumo sobre João Goulart
- 2 - Origens de João Goulart
- 3 - Vida adulta de João Goulart
- 4 - Entrada de João Goulart na política
- 5 - Goulart na vice-presidência
- 6 - Campanha da Legalidade
- 7 - Governo Jango
- 8 - Últimos anos de João Goulart
Resumo sobre João Goulart
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João Goulart nasceu em São Borja e pertencia a uma próspera família de estancieiros.
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Formou-se em Direito, mas não exerceu a advocacia, pois dedicou-se ao trabalho na fazenda.
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Ingressou na política por influência de Getúlio Vargas e filiou-se ao PTB.
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Ocupou posições de destaque na política brasileira, sendo deputado estadual, deputado federal, ministro do Trabalho e vice-presidente.
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Assumiu a presidência em 1961 e teve um dos governos mais agitados da república brasileira.
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Foi derrubado por um golpe em 1964, exilando-se no Uruguai e depois na Argentina.
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Faleceu vítima de uma parada cardíaca.
Origens de João Goulart
João Belchior Marques Goulart nasceu na cidade de São Borja, no Rio Grande do Sul, no dia 1º de março de 1919. Conhecido desde a infância como Jango, era filho de Vicente Rodrigues Goulart e Vicentina Marques Goulart. Ele foi o primeiro filho do casal, que teve o total de oito filhos.
O pai de João Goulart era um estancieiro que criava gado e ovelhas em suas fazendas, além de ser produtor de charque. Grande parte da infância de João Goulart se deu nas fazendas de seu pai, mas, aos nove anos, o menino foi enviado para um internato chamado Ginásio Santana, localizado em Uruguaiana. Jango não gostava da rigidez dessa escola, mas permaneceu lá por cinco anos.
Vida adulta de João Goulart
Depois de concluir seu ensino básico, João Goulart seguiu o desejo de seu pai e se matriculou, em 1935, na Faculdade de Ciências Jurídicas e Sociais, em Porto Alegre, para formar-se em Direito. Apesar disso, ele não tinha intenção nenhuma de seguir carreira na advocacia, pois seu desejo era o de ajudar seu pai na administração das fazendas e dos negócios de sua família.
Durante o seu curso, João Goulart pediu auxílio de seu pai para que pudesse começar o próprio negócio. Ele recebeu uma porção de terra e a transformou em uma fazenda especializada na engorda dos bois. Assim, ele comprava gado, engordava-os e, em seguida, vendia-os para frigoríficos da região. Era um negócio altamente lucrativo e que deu retorno imediato para seu proprietário.
Depois de concluir seu curso, em 1939, João Goulart decidiu que de fato não seguiria carreira no Direito. Ele assumiria os negócios da família porque gostava de cuidar das fazendas e porque seu pai, Vicente, estava muito doente por conta de um câncer. Jango assumiu todos os negócios de sua família em 1941 e rapidamente prosperou.
À frente dos negócios da família, somente em animais, João Goulart acumulou, só em cabeças de gado, mais de 500 mil dólares em valores de 1946 (correspondem a mais de sete milhões de dólares em moeda atual).|1| Ainda, ele possuía propriedades que usava no plantio de trigo e linho. Apesar de rico, João Goulart era tido como um homem humilde, que não usava de sua posição para explorar os outros.
Acesse também: Queremismo e o apoio popular a Getúlio Vargas
Entrada de João Goulart na política
A entrada de João Goulart na política teve como grande influência uma figura muito influente do período: Getúlio Vargas. Durante o período universitário de Jango, o Brasil passava por um momento de radicalização política, mas ele não se influenciou por isso. Antes mesmo de se matricular na universidade, Jango já conhecia Vargas e havia se tornado amigo de Manuel, um dos filhos do presidente.
A amizade de João Goulart com Manuel Vargas era muito forte e rendeu, inclusive, estadas de Jango no Palácio do Catete, o palácio presidencial na época. Já no período de sua juventude, manifestaram-se as habilidades que marcaram sua carreira política. Jango tinha visões progressistas, preocupava-se com os problemas dos pobres e se comunicava muito bem.
Foi somente depois da deposição de Getúlio Vargas, em 1945, é que João Goulart ingressou na política. Seu ingresso aconteceu em um momento de acomodação dos quadros políticos do país em diversos partidos políticos, que surgiam por conta da democratização do Brasil, no que ficou conhecido como República de 1946 ou Quarta República.
A nova conjuntura política fez com que partidos, como o Partido Social Democrático (PSD) e o Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), fossem fundados. A família Vargas, influente no Rio Grande do Sul, esteve envolvida com os novos cenários políticos que se apresentavam ao país. Protásio Vargas, irmão de Getúlio, convidou Jango para que ele se filiasse ao PSD.
Jango era reconhecido como uma personalidade de grande potencial político, pois ele era simpático, falava bem e tinha ideais progressistas. Isso fez com que Getúlio Vargas intervisse e recomendasse a Jango entrar no PTB. Getúlio, para tanto, fez uso da influência que tinha com Vicente, pai de Jango. Com isso, Jango filiou-se ao PTB e se envolveu com o desenvolvimento do partido no Rio Grande do Sul.
Os trabalhos partidários o fizeram trabalhar pelo pleito de Eurico Gaspar Dutra, na eleição de 1945. Em janeiro de 1947, ele se candidatou a deputado estadual pelo PTB, sendo eleito com 4150 votos. Jango se tornou bastante próximo de Getúlio Vargas e passou também a trabalhar pela eleição de Vargas para presidente do Brasil, no pleito de 1950.
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Segundo governo de Vargas
Nessa eleição, João Goulart se tornou, praticamente, coordenador da campanha de Getúlio Vargas e dividia o seu tempo entre essa campanha, os negócios da família e a sua própria campanha, já que ele se lançou ao cargo de deputado federal, novamente pelo PTB. Seu empenho deu certo, e Vargas foi eleito presidente, enquanto Jango foi eleito deputado federal, com quase 40 mil votos.
Jango assumiu na Câmara Federal em fevereiro de 1952, mas logo se licenciou da função para assumir um cargo no governo do Rio Grande do Sul, estado na época governado por Ernesto Dornelles, primo de Getúlio Vargas. Permaneceu na função por 13 meses e logo retornou ao Rio de Janeiro para cumprir seus deveres como deputado federal.
Foi nesse período que João Goulart desenvolveu uma de suas maiores habilidades políticas. Jango recebia com grande frequência lideranças sindicais e desenvolveu grande capacidade de comunicação e de negociação com os sindicalistas. Na prática, ele se tornava um dos grandes quadros do PTB no Brasil.
A ação de João Goulart era importante, pois garantia a aproximação do governo de Vargas com os sindicalistas. Isso era fundamental, principalmente pelo contexto que Vargas encontrava na política: uma forte oposição da União Democrática Nacional e seu líder, o jornalista Carlos Lacerda. A proximidade de Jango com o presidente, inclusive, rendeu-lhe muitas críticas.
Além disso, foi no segundo governo de Getúlio Vargas que João Goulart assumiu o seu primeiro grande cargo político de expressão em nível nacional: ele foi nomeado para o Ministério do Trabalho. Isso foi uma resposta de Vargas para lidar com a crise que atingia o seu governo, pois, além de atacado pela oposição, ele era agora criticado pelos trabalhadores.
As críticas que Vargas sofria eram pela inflação e o custo elevado de vida no Brasil, o que destruía o poder de consumo dos trabalhadores. A insatisfação dos trabalhadores chegou a resultar em uma grande mobilização conhecida como Greve dos 300 Mil. Para contornar essa situação, João Goulart assumiu o Ministério do Trabalho, em junho de 1953.
O papel de Jango era o de iniciar negociações com os representantes dos trabalhadores para reaproximar os sindicatos do governo. A nomeação de Goulart, por sua vez, desagradou aos conservadores e à oposição udenista, sob a acusação de que Jango era um sindicalista que implantaria uma república aos moldes do governo de Perón, na Argentina.
No exercício de sua função, Jango se manteve diariamente em contato com entidades de trabalhadores, negociando formas de melhorar no curto e longo prazo a situação deles no país. Em janeiro de 1954, João Goulart propôs uma alteração expressiva e apresentou a Vargas um plano de aumento do salário mínimo em 100%.
A repercussão dessa proposta foi tão negativa entre os grupos conservadores, entre eles o Exército, que Jango apresentou sua demissão do cargo de ministro do Trabalho, em fevereiro de 1954. No mesmo ano, Vargas cometeu suicídio, e isso fez de Goulart um dos grandes representantes do trabalhismo (a ideologia vigorante no PTB) no Brasil.
Acesse também: Construção de Brasília — obra aconteceu entre 1957 e 1960, no governo de Jucelino Kubitschek
Goulart na vice-presidência
Depois do suicídio de Vargas, Jango cogitou se retirar da vida pública, mas prosseguiu na política e se candidatou para o cargo de senador, em 1954. Ele concorria pelo PTB, mas foi derrotado por Armando Pereira Câmara, candidato da chapa PSD-UDN. Mesmo com a derrota, ele seguiu atuante na política e costurou a aliança entre PTB e PSD para a eleição de 1955.
Nessa aliança, o PSD lançou Juscelino Kubitschek, político mineiro em ascensão. O PTB, por sua vez, lançou João Goulart como candidato a vice-presidente. A chapa de Jango teve de lutar contra o golpismo defendido pela UDN, que não desejava a realização da eleição presidencial marcada para 1955.
Juscelino e Jango foram eleitos à presidência e vice-presidência respectivamente, o que levou a movimentações por um golpe militar que acabou não acontecendo pela interferência de Henrique Teixeira Lott, um militar legalista que era ministro da Guerra. Foi esse ministro que garantiu a posse de ambos, no começo de 1956.
Em 1959, o PTB deu início às negociações políticas para definir quem o partido apoiaria na eleição de 1959. Foi cogitada uma candidatura de João Goulart à presidência, mas, no fim, o partido optou por aliar-se ao PSD na candidatura de Henrique Teixeira Lott. Na eleição de 1960, o grande adversário era Jânio Quadros, político conservador e lançado pela UDN.
Durante a campanha eleitoral, popularizou-se no país a proposta de voto Jan-Jan, que propunha voto em Jânio para presidente e Jango para vice. Essa proposta ganhou força, e Jânio e Jango foram eleitos presidente e vice respectivamente. Assim, foram eleitos políticos de diferentes candidaturas, e isso aconteceu porque, na República de 1946, a população votava separadamente para presidente e vice.
Campanha da Legalidade
A relação de Jânio Quadros e João Goulart nunca foi das melhores, sobretudo pela divergência de posições ideológicas entre eles. No final de julho de 1961, essa relação era tensa, e Jango recebeu o convite do presidente de ingressar em uma viagem diplomática à República Popular da China.
João Goulart viajou até a China, e lá soube que uma crise sem precedentes se iniciava: Jânio Quadros havia renunciado e João Goulart deveria retornar imediatamente para o Brasil, pois assumiria a presidência do país. A sucessão de Jânio resultou em uma das crises mais intensas da política brasileira e iniciou a Campanha da Legalidade.
A crise se iniciou porque os ministros militares não aceitavam a posse de João Goulart como presidente. Pela Constituição de 1946, a posse era legal, uma vez que Quadros havia renunciado. Assim, uma luta política se iniciou entre aqueles que pretendiam impor um golpe e impedir a posse de Jango e os que queriam cumprir a lei e garantir a posse.
Os militares ameaçaram prender João Goulart caso ele retornasse ao Brasil. A resposta veio da sociedade civil e foi liderada por Leonel Brizola, governador do Rio Grande do Sul e cunhado de Jango. O governador do Rio Grande do Sul colocou as forças militares de seu estado em defesa de João Goulart e iniciou uma campanha para convencer a população a apoiar Jango.
Brizola criou a Rádio da Legalidade e discursava durante horas em defesa da posse de Jango e da Constituição brasileira. Ele incentivou que a população se armasse e transformou o Palácio do Piratini em um búnquer. As historiadoras Lilia Schwarcz e Heloísa Starling afirmam que Brizola distribuiu armas aos funcionários do palácio, instalou metralhadoras em posições estratégicas, colocou sacos de areia na frente do Piratini, e andava portando uma metralhadora.|2|
O Brasil esteve próximo de iniciar uma guerra civil, pois os militares chegaram a autorizar o bombardeio do Palácio do Piratini, mas o ataque não aconteceu. O Congresso não aceitou impedir a posse de Jango, e logo Brizola passou a ter o apoio de Mauro Borges, governador de Goiás. Ele garantiu que escoltaria Jango até Brasília se fosse necessário e colocou Goiânia como cidade rebelada.
Além disso, houve grande mobilização da população pela posse de João Goulart. Isso acuou os militares, que perceberam que o político gaúcho somente seria impedido de assumir a presidência pelo poder das armas. Assim, uma solução foi encontrada: Jango foi obrigado a assumir a presidência em um sistema parlamentarista, que limitava os seus poderes.
Governo Jango
Com o fim da crise de sucessão e o sucesso da Campanha da Legalidade, João Goulart assumiu a presidência no dia 7 de setembro de 1961. O seu governo pode ser dividido em duas fases:
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parlamentarista: de setembro de 1961 a janeiro de 1963;
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presidencialista: de janeiro de 1963 a abril de 1964.
Durante a fase parlamentarista, os poderes políticos do presidente foram diluídos e a figura mais importante no governo era o primeiro-ministro. Isso foi a forma encontrada para que os militares aprovassem a posse de Jango, mas também não durou muito. Um plebiscito realizado em 1963 determinou o retorno do presidencialismo no Brasil.
O governo de Jango se deu em um momento de radicalização política no Brasil e de articulações contra a democracia. Grupos conservadores, como o grande empresariado, a UDN e a grande mídia, defendiam a possibilidade de um golpe militar em nosso país desde a década de 1950, e o próprio Exército se engajou em diversas demonstrações de golpismo.
João Goulart era um quadro progressista, e a sua presença na presidência do país incomodava grupos da elite daqui e de nações poderosas, como os Estados Unidos, que, no contexto da Guerra Fria, atuavam consistentemente para derrubar lideranças progressistas em todo o continente americano, sobretudo depois do exemplo cubano.
Assim, o governo de João Goulart tornou-se alvo da atenção do governo norte-americano, que passou a atuar para desestabilizar a posição do presidente. Essa atuação norte-americana encontrou apoio nos militares e na elite econômica do país, que, como mencionado, eram fortes opositores da política de Jango.
O presidente, por sua vez, engajou-se em um programa de reformas estruturais no país que ficou conhecido como Reformas de Base. Esse programa buscava resolver gargalos históricos de nosso país, como a questão da propriedade de terra. O principal debate das Reformas foi a reforma agrária, mas essa pauta não avançou e ainda rachou a base de apoio do presidente.
A desestabilização do governo de João Goulart seguiu sendo feita pelo Instituto de Pesquisa e Estudos Sociais, o Ipes. Esse instituto reuniu militares e civis em uma conspiração contra o presidente. Além de enfraquecer o governo, o Ipes atuou intensamente para a organização de um golpe militar com o apoio norte-americano.
De crise em crise, a posição de João Goulart foi sendo desgastada e se ampliou quando ele radicalizou em defesa das Reformas de Base, em março de 1964. Um golpe militar se iniciou em 31 de março de 1964 e foi acompanhado por um golpe parlamentar, que derrubou o presidente em 2 de abril de 1964. Jango foi sucedido por Humberto Castello Branco, militar eleito por via indireta. Era o início da Ditadura Militar.
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Videoaula sobre governo João Goulart
Últimos anos de João Goulart
Depois do golpe civil-militar, Jango fugiu do Brasil e exilou-se no Uruguai. Passou a dedicar-se aos trabalhos na fazenda que adquiriu no país vizinho. Enquanto isso, os militares iniciavam as primeiras perseguições em nosso país, dando uma amostra de todo o autoritarismo que se instalaria no Brasil por 21 anos.
Em 1966, ele ingressou na Frente Ampla, um movimento político de oposição criado por Carlos Lacerda, o jornalista udenista que apoiou o golpe e foi um ferrenho crítico de Jango durante a República de 1946. Carlos Lacerda se desiludiu com os militares depois que a eleição presidencial de 1965 fora cancelada.
Depois de exilar-se no Uruguai, Jango se mudou para Buenos Aires, na Argentina. Seu período de exílio coincidiu com a piora de sua saúde. O ex-presidente se tornou depressivo e passou a ter vários episódios com seu coração. João Goulart era um homem cardíaco e tinha um estilo de vida sedentário, o que agravava sua condição.
Em 6 de dezembro de 1976, ele faleceu vítima de um ataque cardíaco. Na época, não foi realizada uma autópsia do seu corpo, e isso deu espaço para uma série de especulações acerca da sua morte. Muitos passaram a defender que João Goulart teria sido envenenado por agentes da ditadura, mas inúmeras investigações feitas não conseguiram provar isso.
Notas
|1| FERREIRA, Jorge. João Goulart: uma biografia. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira. 2014, p. 46.
|2| SCHWARCZ, Lilia Moritz e STARLING, Heloisa Murgel. Brasil: uma biografia. São Paulo: Companhia das Letras, 2015. p. 435.
Créditos das imagens
[1] FGV/CPDOC
Por Daniel Neves Silva
Professor de História