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Tritongo é um encontro vocálico que consiste na união entre uma semivogal, uma vogal e outra semivogal, nessa ordem. O tritongo pode apresentar vogal oral ou nasal. Além do tritongo, existem outros dois tipos de encontros vocálicos: o ditongo (semivogal + vogal, ou vice-versa) e o hiato (vogal + vogal).
Leia também: Afinal, o que é um hiato?
Tópicos deste artigo
- 1 - Resumo sobre tritongo
- 2 - O que é tritongo?
- 3 - Como identificar um tritongo?
- 4 - Tipos de tritongo
- 5 - Exemplos de tritongo
- 6 - Diferenças entre tritongo, ditongo e hiato
- 7 - Exercícios resolvidos sobre tritongo
Resumo sobre tritongo
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O tritongo consiste no encontro de uma semivogal, uma vogal e outra semivogal.
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Existem dois tipos de tritongo: oral e nasal.
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O ditongo é o encontro entre uma semivogal e uma vogal, ou vice-versa.
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O hiato é o encontro entre duas vogais.
O que é tritongo?
O tritongo é um encontro vocálico e consiste na união entre uma semivogal, uma vogal e outra semivogal, nessa ordem. Por exemplo, o termo “averiguei” apresenta o tritongo “-uei”, composto pela semivogal “u”, a vogal “e” e a semivogal “i”. Note também que o tritongo não pode ser separado: “a-ve-ri-guei”.
Como identificar um tritongo?
As semivogais da língua portuguesa são representadas, principalmente, pelas letras “i” e “u”. No entanto, estamos falando de um fonema, ou seja, uma unidade sonora da fala. Por isso, as letras “e” e “o” também podem ser consideradas semivogais quando apresentam som de “i” ou “u”. Por exemplo, as palavras “mãe” e “mão”. Perceba que, nesses termos, o “e” tem som de “i”, enquanto o “o” tem som de “u”.
Assim, para identificar um tritongo, é preciso localizar a sílaba que apresenta o encontro vocálico: semivogal + vogal + semivogal:
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apaziguei — a-pa-zi-guei
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Uruguai — U-ru-guai
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saguão — sa-guão
Note que, na palavra “saguão”, o “o” tem som de “u”.
Atenção! Há outra letra que, em certos casos, pode atuar como semivogal. É a letra “m”. Apesar de “m”, tradicionalmente, ser uma consoante, essa letra pode, às vezes, representar a semivogal “i” ou “u”. Por exemplo, a palavra “amém”, que se pronuncia “amẽi” e a palavra “chamam”, que se pronuncia “chamãu”.
Portanto, temos tritongo, por exemplo, em:
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enxáguem — en-xá-guem
Veja também: Quais são os tipos de ditongo?
Tipos de tritongo
- Tritongo oral: apresenta vogal oral (a, é, ê, i, ó, ô, u):
iguais
averiguou
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Tritongo nasal: apresenta vogal nasal (ã, ẽ, ĩ, õ, ũ):
saguões
mínguam
Exemplos de tritongo
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Apaziguou
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Averiguei
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Desaguou
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Mínguem
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Paraguai
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Quão
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Saguões
Saiba mais: Quais são as regras da separação de sílabas?
Diferenças entre tritongo, ditongo e hiato
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Tritongo: encontro vocálico formado por uma semivogal, uma vogal e outra semivogal: Uruguai, apaziguou etc.
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Ditongo: encontro vocálico formado por uma vogal e uma semivogal, ou vice-versa: cansei, oblíquo etc.
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Hiato: encontro vocálico em que ocorre o encontro de duas vogais: saúde, cooperar etc.
Atenção! Não se separam os elementos de um tritongo ou de um ditongo:
U-ru-guai
a-pa-zi-guou
can-sei
o-blí-quo
Já os elementos do hiato aparecem em sílabas diferentes:
sa-ú-de,
co-o-pe-rar.
→ Videoaula sobre encontros vocálicos
Exercícios resolvidos sobre tritongo
Questão 1
Marque a alternativa que apresenta um tritongo oral.
A) Ataúde.
B) Reinado.
C) Averíguem.
D) Manutenção.
E) Igual.
Resolução:
Alternativa E.
A palavra “igual” apresenta um ditongo oral, já que “a” é uma vogal oral. Note, também, que a letra “l” representa o som de “u”. Portanto, temos o tritongo “-ual”.
Questão 2
Marque a alternativa que apresenta um tritongo nasal.
A) Sacrilégio.
B) Zoologia.
C) Residual.
D) Saguões.
E) Quaisquer.
Resolução:
Alternativa D.
A palavra “saguões” apresenta um ditongo nasal, já que “õ” é uma vogal nasal. Note, também, que a letra “e” representa o som de “i”. Portanto, temos o tritongo “-uõe”.
Fontes
CEGALLA, Domingos Paschoal. Novíssima gramática da língua portuguesa. 49. ed. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 2020.
NICOLA, José de; INFANTE, Ulisses. Gramática contemporânea da língua portuguesa. 15. ed. São Paulo: Scipione, 1999.
SACCONI, Luiz Antonio. Nossa gramática: teoria e prática. 26. ed. São Paulo: Atual Editora, 2001.