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Discutir acerca dos fatos que norteiam a língua é sempre proveitoso, dado o aprimoramento de nossa competência linguística. Razão esta que nos conduz a mais um deles, desta feita entrando em cena...
“Relações entre as preposições e a regência verbal”
Trata-sede um episódio linguístico cujos atores, como já deu para perceber, são representados pelas preposições e pela regência verbal: representando cenas da vida cotidiana. Por que “da vida cotidiana”? Porque o fato, a ocorrência, faz-se presente em nossas comunicações cotidianas e, como tal, precisamos estar atentos a alguns detalhes, os quais não podem jamais passar em branco.
Não é preciso ir muito além para compreender que a regência verbal nada mais é do que a relação estabelecida entre os verbos e seus respectivos complementos. Entre essa relação há aqueles que indispensavelmente requerem o uso das preposições. Partindo desse princípio, sobretudo apoiando-nos em alguns exemplos, certifiquemo-nos de algumas informações:
Esse é o livro que todos precisavam.
Ora, quem precisa, precisa de algo. Assim, reformulando o discurso, obtemos:
Esse é o livro de que todos (ou do qual) precisavam.
Aquele é o único amigo que confio.Como, se quando confiamos, confiamos sempre em alguém? Ou seja, o correto seria:
Aquele é o único amigo em (ou no qual) que confio.
Esta é a ideia que me refiro.Você faz referência a algo, não é verdade? Logo, cuide-se para que tal discurso seja expresso da seguinte forma:
Esta é a ideia a que me refiro.
Perdemos o professor que os alunos mais gostavam.Onde estás tu, querida preposição? Se gostamos, gostamos de alguém. Ou seja:
Perdemos o professor de quem os alunos mais gostavam.
Esses, entre tantos outros, representam os muitos exemplos onde se demarca a estreita relação que há entre as preposições e a regência verbal.
Por Vânia Duarte
Graduada em Letras