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Atentemo-nos aos seguintes enunciados:
Aprecio o perfume das flores.
Fizemos um passeio inesquecível.
Chegaram contentes e eufóricas.
Em todos eles, o que se percebe é a omissão do pronome sujeito, visto que as desinências verbais, ora demarcadas, já nos revelam a pessoa a que se refere o predicado, como também o número gramatical (singular ou plural) dela. Analisemos, portanto:
(Eu) aprecio – 1ª pessoa do singular
(Nós) fizemos – 1ª pessoa do plural
(Elas) chegaram – 3ª pessoa do plural
Mediante tal ocorrência, afirmamos que houve a omissão do pronome sujeito, em decorrência do aspecto já expresso (desinências verbais).
Vejamos agora os casos nos quais constatamos a presença do pronome sujeito:
* Ocorre em casos nos quais se deseja, de modo enfático, chamar a atenção para a pessoa desse sujeito. Observemos:
Nós, alunas aplicadas que somos, obtivemos nota máxima na apresentação do trabalho.
Eu, alheia ao que aconteceu, permaneci sem entender nada.
* Nos casos em que há a oposição entre duas pessoas gramaticais distintas. Analisemos:
Parecíamos dois desconhecidos: ele por se sentir acanhado em me cumprimentar, e eu por achar que nem se lembrava mais de mim.
Eu de um lado e ela de outro pedíamos ajuda a quem passava.
* Em circunstâncias nas quais se percebe que a forma verbal é comum à 1ª (eu) e à 3ª(ele/ela) pessoa do singular, razão pela qual se torna necessário evitar o equívoco. Constatemos:
Você gostaria que eu revelasse o que ele disse?
Será necessário que ele analise o que eu escrevi?
Por Vânia Duarte
Graduada em Letras