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Será que os verbos compartilhar e partilhar podem ser considerados como sinônimos um do outro? E mais: no que diz respeito à transitividade, podemos atribuir a mesma regência a tais verbos?
Para responder a ambas as questões o artigo em pauta tem o propósito de deixar você, caro (a) usuário (a), um pouco mais informado (a) acerca de mais um fato que norteia os estudos linguísticos. Para tanto, comecemos respondendo à primeira delas:
Ambos os verbos, ora denotando o sentido de “fazer a partilha de” podem sim ser considerados como sinônimos. Eis o exemplo que segue:
Eu e você vamos compartilhar nossas dúvidas.
Eu e você vamos partilhar nossas dúvidas.
Agora, e em se tratando da regência? Observe:
Ele compartilha o fato de ser valorizado por todos.
Dessa forma, constatamos que se trata de um verbo transitivo direto, cujo complemento é representado pelo objeto direto: o fato de ser valorizado por todos.
Há de se constatar que tal verbo (compartilhar) somente pode ser transitivo direto.
Vejamos estes outros exemplos com o verbo partilhar:
Ele partilhou a solidariedade necessária. (sentido de dividir, distribuir)
Tal qual o verbo “compartilhar”, “partilhar” pode se classificar como verbo transitivo direto, cujo complemento é representado por “a solidariedade necessária”.
Ela e ele compartilharam das mesmas experiências durante a viagem. (aqui o sentido se volta para o fato de participar de, experimentar as mesmas opiniões).
Nesse caso, o verbo compartilhar se classifica como transitivo indireto.
Por Vânia Duarte
Graduada em Letras