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Dadas as peculiaridades da classe gramatical representada pelos verbos, o infinitivo se constitui como uma das suas formas nominais. Tal afirmação é plausível, contudo precisa de algumas complementações – razão a que se presta o presente artigo.
Nesse sentido, observaremos algumas características relativas à forma nominal em questão. Veja:
* O infinitivo apresenta um processo verbal isento de noção de tempo ou modo. Atuando, assim, como uma forma utilizada para nomear verbos. Analisemos alguns exemplos:
Cantar é um bom exercício para a alma.
Praticar esportes faz bem à saúde.
Dormir bem traz benefícios à saúde.
* Essa mesma forma pode também se transformar em substantivo, com a presença de um elemento que atua como um determinante (o artigo, por exemplo). Atenhamo-nos ao exemplo que segue:
O cantar dos pássaros se assemelha a uma sinfonia.
Constatamos que de verbo passou a substantivo (o cantar).
* Na Língua Portuguesa, o infinitivo pode ser pessoal, ou seja, relacionado a algum ser; e impessoal, não se restringindo a nenhum ser, em específico. Observemos os exemplos abaixo:
Cuidarmos da imagem pessoal é necessário. (referindo-se à primeira pessoa do plural – nós)
Respeitar o próximo representa uma virtude. (não se restringe a nenhum ser)
* Na condição de forma composta, o infinitivo possui valor de passado, fazendo referência a um processo já concluído no momento em que se fala ou se escreve. Analisemos os casos elucidados abaixo:
Ter confiado em você abriu horizontes para meu crescimento pessoal.
Ter executado bem a função, concedeu-me um cargo de confiança.
Por Vânia Duarte
Graduada em Letras