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Ao ressaltarmos sobre inadequação, fazemos referência, na maioria das vezes, à prática cotidiana do coloquialismo. Muitas vezes por não termos conhecimento das regras concernentes aos postulados gramaticais, empregamos determinadas expressões de forma errônea, tanto na oralidade quanto na escrita.
Entretanto, tal ocorrência torna-se passível de ser contornada quando travamos uma certa familiaridade com a leitura em parceira com a assiduidade da escrita. É óbvio que conhecimento não é algo que se encontra pronto e acabado, mas sim algo conquistado de maneira gradativa.
Atendendo ao propósito de ampliarmos nossos conhecimentos sobre alguns fatos ligados a esta natureza linguística, citamos o caso da troca inadequada dos pronomes oblíquos “a” e “o” pelo pronome “lhe”.
O referido caso se dá diante de verbos transitivos, os quais rejeitam o emprego da preposição, haja vista que o pronome “lhe” somente deve ser atribuído a verbos transitivos indiretos. Vejamos os casos mais comuns:
Queremos lhe abraçar
Eu lhe amo
Apresentou-lhe ao diretor.
Analisando a transitividade dos verbos em evidência, temos:
Ao abraçarmos, abraçarmos alguém; ao amarmos, ocorre da mesma forma, como também ao apresentarmos, sempre há uma pessoa que participa deste ato. Então, por que usarmos o lhe quando se trata de um verbo transitivo direto?
Portanto, no intuito de refazermos o discurso, adequando-o ao padrão formal da linguagem, obteríamos:
Queremos abraçá-lo.
Eu o amo
Apresentou-o ao diretor.
Vejamos agora os casos nos quais o uso do pronome “lhe” se dá de forma correta:
Deu-lhe um abraço.
Eu trouxe-lhe a encomenda que me pediu.
A prática do tabagismo afeta-lhe a saúde.
É possível que com estas explanações acerca do presente tema, não tenhamos mais nenhuma dúvida, e, sempre que conveniente, empregaremos os pronomes em estudo de forma adequada.
Por Vânia Duarte
Graduada em Letras
Equipe Brasil Escola