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A Zona Morta do Golfo do México é um fenômeno que ocorre no início da primavera do Hemisfério Norte nos mares ao sul dos Estados Unidos e a leste do México, na região conhecida como Golfo do México. Nesta, manifesta-se o fenômeno da Hipoxia, ou seja, a falta de oxigênio nas águas, o que desfavorece a manutenção e permanência de inúmeras espécies marinhas.
Também conhecida como área hipóxica, a Zona Morta do Golfo do México é causada pelo aumento da quantidade de nitrogênio e fósforo no oceano, fenômeno oriundo do processo de Floração das Algas, ou seja, do aumento repentino da quantidade de algas, fitoplânctons e outras espécies vegetais marinhas. Além da diminuição das condições de vida, tal ocorrência promove a coloração das águas em um tom próximo ao marrom.
Apesar de esse fenômeno ser considerado natural, ele tem sido intensificado pelas atividades humanas, sobretudo através da deposição de resíduos agrícolas tóxicos nas bacias hidrográficas dos Estados Unidos, que direcionam suas águas para o Golfo do México. Com isso, o índice de toxicidade dos oceanos acentua-se, provocando o agravamento das condições pouco propícias para a manutenção da vida no local.
Embora esse problema seja recorrente, sua intensidade costuma oscilar ao longo dos anos. Em 2013, a área e os índices de toxicidade atingiram os maiores valores desde o início dos acompanhamentos, na década de 1980, pela NOAA (sigla em inglês para Administração Nacional Oceânica e Atmosférica). Porém, nos anos de 2009 e 2012, os números apresentaram-se abaixo do esperado. Considerando o período entre os anos de 2008 e 2013, a área média ocupada pela área hipóxica foi um pouco superior a 14,5 mil km², o equivalente a quase três vezes o território do Distrito Federal.
A Zona Morta do Golfo do México, além de prejudicar a vida de inúmeras espécies aquáticas, também interfere negativamente nas atividades econômicas, uma vez que prejudica e, em alguns casos, até impossibilita a prática da pesca, fonte de renda de inúmeras famílias e empresas na região. Uma das espécies mais extraídas nessa localidade é o camarão-rosa, cujo valor econômico e gastronômico é consideravelmente elevado.
Por Rodolfo Alves Pena
Graduado em Geografia