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Plutão é um planeta anão que orbita o nosso sistema solar. Ele está localizado em uma região desse sistema chamada de Cinturão de Kuiper, em uma zona muito afastada do sol e que, portanto, apresenta uma baixíssima influência desse astro. Sua descoberta aconteceu no ano de 1930 pelo astrônomo norte-americano Clyde Tombaugh, e o seu nome foi escolhido por uma garota de 11 anos em referência ao deus romano do submundo.
Até o ano de 2006, a União Astronômica Internacional considerava Plutão como o nono planeta do sistema solar e, apesar de se encontrar muito próximo dos chamados Gigantes Gasosos (Júpiter, Saturno, Urano e Netuno), era o menor dos planetas do nosso sistema. No entanto, após a descoberta do planeta anão Éris e a perspectiva (hoje tida como falsa) de que esse era maior que Plutão, começou-se a questionar se Plutão poderia ser realmente classificado como planeta.
Assim, após uma convenção realizada no referido ano, foram estabelecidos e reavaliados os critérios necessários para definir o que é planeta ou não, de modo que Plutão não atendeu a um deles, a saber: possuir uma órbita que não é influenciada diretamente por outros planetas. Assim, ele foi “rebaixado” à classificação de planeta anão.
Informações gerais também dão conta de que Plutão possui um ano de 248 anos terrestres, em razão do maior tempo que leva para fazer uma volta completa ao redor do sol. A sua velocidade de rotação também é mais lenta, com dias 6,5 vezes maiores do que os nossos, embora o planeta seja bem menor.
Todavia, como se sabia muito pouco sobre o corpo celeste em questão – em razão de sua grande distância em relação à Terra –, a NASA (Agência Espacial Norte-Americana) enviou a sonda New Horizons, que conseguiu uma boa aproximação no mês de julho de 2015 e, assim, pôde fazer imagens mais nítidas. Além disso, foram feitas imagens e vídeos envolvendo a superfície e a atmosfera local, de modo que muitas informações (algumas surpreendentes) foram reveladas.
A primeira entre as descobertas sobre Plutão pela sonda New Horizons foi realizada muito antes de se chegar próximo ao planeta anão: a existência de um número maior de luas do que se pensava. Quando a sonda deixou a Terra, em 2005, imaginava-se a existência de três: Caronte (a maior delas), Nix e Hidra. No entanto, à medida que se foi chegando perto, duas outras foram visualizadas: Estige (em 2011) e Cérbero (em 2012).
Outra importante informação sobre as características de Plutão foi a atualização de seu tamanho, que é um pouco maior do que se calculava, o que se deve às distorções ocasionadas na obtenção de imagens a uma maior distância. Assim, o seu diâmetro exato é de 2370 km, colocando-o na liderança em termos de tamanho entre os planetas anões, com 30 km a mais em relação a Éris, o segundo colocado.
Com as imagens obtidas pela New Horizons, também se verificou que Plutão possui um relevo bastante acidentado, marcado pela presença de um grande número de cadeias montanhosas. Ao contrário do que se imaginava, há poucas formações em crateras em sua superfície, o que indica uma idade geologicamente jovem. A superfície provavelmente foi muito modelada por erupções vulcânicas e outros eventos naturais ao longo dos últimos 100 milhões de anos.
Plutão possui uma atmosfera composta por metano, monóxido de carbono, nitrogênio e outros materiais, além de ter uma grande quantidade de gelo em sua superfície. Nas baixas temperaturas locais (cerca de -248ºC), esse gelo apresenta o mesmo comportamento natural de uma rocha aqui da Terra, sendo a base estruturante das montanhas acima descritas.
Ao longo dos próximos anos, novas e instigantes informações sobre o planeta anão mais popular entre os seres humanos serão reveladas pela NASA, o que ocorre à medida que a sonda enviar mais do grande volume de informações armazenado. Com isso, será possível obter conclusões mais definitivas sobre a atmosfera local, a atividade geológica e outras características de Plutão e suas luas.
Por Me. Rodolfo Alves Pena