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Participação feminina no mercado de trabalho

O número de mulheres que ocupam postos de trabalho no Brasil cresceu, contudo, a participação feminina no mercado de trabalho ainda é reduzida.

As profissões historicamente femininas estão entre as que possuem menor remuneração e status social
As profissões historicamente femininas estão entre as que possuem menor remuneração e status social
Crédito da Imagem: Shutterstock
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No Brasil, a participação da mulher no mercado de trabalho tem crescido anualmente. Nas últimas décadas, o número de mulheres empregadas com carteira assinada mais que dobrou. Entretanto, os tipos de ocupação, os cargos e os salários dessas mulheres não acompanharam a evolução do número de postos de trabalho. Existe ainda uma enorme distância entre homens e mulheres nesse cenário.

Tópicos deste artigo

Ocupações “tipicamente” femininas

As profissões historicamente relacionadas com as mulheres, como o trabalho doméstico, são as que possuem menor remuneração. Na educação, por exemplo, há uma divisão clara. Os professores que atuam em escolas particulares, no Ensino Médio, onde está centrada a melhor remuneração, são em sua maioria homens. Nas escolas públicas, nos estágios da educação infantil e anos iniciais do Ensino Fundamental, onde estão as menores remunerações, temos quase que unicamente mulheres exercendo a docência.


Os tipos de ocupação, os cargos e os salários das mulheres ainda são muito inferiores aos oferecidos aos homens

As mulheres ainda ganham menos que os homens para realizar o mesmo tipo de trabalho, e os cargos de chefia e com melhores condições laborais são destinados aos homens. Mesmo tendo mais anos de escolaridade que os homens, as mulheres ganham em média 30% a menos que seus colegas do sexo masculino.

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Acúmulo de papéis

Outro aspecto importante e que não envolve apenas o mercado de trabalho é que as mulheres, mesmo exercendo profissões remuneradas, ainda continuam sendo as únicas responsáveis pelas tarefas domésticas e educação dos filhos. Conciliar a vida profissional e as atividades da vida pessoal ainda é um desafio muitas vezes impossível para as mulheres trabalhadoras. Esse provavelmente é um dos principais fatores que favorecem a perpetuação desse panorama desigual.*

Possibilidades

Políticas públicas que promovam a criação e ampliação do número de creches e pré-escolas são urgentes, já que constituem recurso efetivo de diminuição da carga e da quantidade de atividades de cuidado realizadas pela mulher.

É necessário também discutir e alertar para a necessidade da promoção da igualdade de gênero e de distribuição mais equilibrada dos históricos papéis sociais de homem e mulher. A dicotomia mulher-cuidadora versus homem-provedor precisa ser superada por meio do diálogo e da ação. Homens e mulheres podem e devem conviver de maneira mais harmônica no universo do trabalho remunerado e das responsabilidades familiares.

*Relatório: O Desafio do Equilíbrio entre Trabalho, Família e Vida Pessoal - OIT - Pnud

Por Amarolina Ribeiro
Graduada em Geografia

Escritor do artigo
Escrito por: Amarolina Ribeiro Escritor oficial Brasil Escola

Gostaria de fazer a referência deste texto em um trabalho escolar ou acadêmico? Veja:

RIBEIRO, Amarolina. "Participação feminina no mercado de trabalho"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/geografia/participacao-feminina-no-mercado-trabalho.htm. Acesso em 19 de abril de 2024.

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