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As partes de um rio são componentes integrantes dos sistemas fluviais. São elas:
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nascente;
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leito;
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afluente;
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confluência;
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margem;
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meandro;
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foz.
Conhecer as características de cada parte de um curso d’água é importante para compreender como se dá o funcionamento de um sistema hídrico fluvial.
Leia também: Rios — importantes reservatórios de água doce no mundo
Tópicos deste artigo
- 1 - Resumo sobre as partes de um rio
- 2 - Quais são as partes de um rio?
- 3 - O que é um rio?
- 4 - Exercícios resolvidos sobre partes de um rio
Resumo sobre as partes de um rio
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As partes de um rio são componentes integrantes dos sistemas fluviais.
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As partes de um rio são:
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Nascente: origem do curso d’água.
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Leito: área ocupada pela água do rio. Divide-se em leito menor e leito maior.
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Afluente: rio que deságua em outro rio, ajudando a aumentar sua carga de água.
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Confluência: área de encontro entre dois ou mais rios.
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Margem: faixas de terra emersa situada nas laterais do curso d’água.
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Meandro: curva acentuada formada em rios de planície.
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Foz: área em que o rio deságua em outro corpo hídrico (mar, oceano, lago, lagoa, rio).
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Rio é um curso de água doce que corre na superfície de um terreno desde um ponto elevado até um ponto rebaixado, com leito ocupando o fundo de uma área de vale.
Quais são as partes de um rio?
Um rio pode ser dividido em, pelo menos, sete partes, as quais são importantes para se compreender a maneira como um curso d’água funciona e sobretudo como ele interage com os demais elementos do espaço natural. Conheça cada uma das partes de um rio a seguir.
→ Nascente

Chamada também de cabeceira ou fonte, a nascente de um rio é o ponto de surgimento de suas águas, o que se dá quando o lençol freático (superfície de um corpo hídrico subterrâneo, como os aquíferos) encontra-se no mesmo nível que a superfície de um terreno. Esse processo acontece em áreas de maior altitude do que os arredores. Nesse ponto acontece a ressurgência de água que, quando em condições ideais, dá origem a um rio.
→ Leito

Chamado também de leito fluvial ou canal, o leito é a área por onde as águas de um rio escoam. O leito de um rio é escavado de baixo para cima a partir do talvegue, que na Geomorfologia é definido como a linha ou canal de maior profundidade de um rio. Além do talvegue, o leito fluvial apresenta outras subdivisões: leito menor e leito maior.
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Leito menor
O leito menor é o espaço ocupado permanentemente por água em um rio perene ou área principal em que as águas correm em um rio intermitente. Compreendida como a menor seção do leito fluvial, depois do talvegue.
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Leito maior
O leito maior é o espaço para onde as águas que ocupam o leito menor extravasam durante o período de cheia de um rio, que se instala nos meses mais chuvosos do ano ou quando há o aumento do volume de água em sua nascente.
→ Afluente

O afluente é um curso que, dentro de uma bacia hidrográfica, deságua no rio principal e aumenta a sua carga de água. Os rios que deságuam em lagos são igualmente classificados como afluentes. Os afluentes podem ser chamados de tributários.
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Subafluente
Subafluente é um rio que alimenta o afluente de um rio principal, ou seja, o subafluente deságua no afluente.
→ Confluência

Confluência é a área em que acontece o encontro de dois ou mais rios, dando origem a um novo curso d’água.
→ Margem

Margem é a terra firme que fica na lateral de um rio, marcando a transição entre o curso d’água e o terreno emerso. As margens de um rio podem conter vegetação ou serem formadas por bancos de areias e sedimentos ou rochas. Elas são nomeadas como margem direita e margem esquerda tendo como referência a sua nascente.
→ Meandro

Meandro é a curva acentuada ou sinuosidade presente em um ou mais trechos ao longo do curso d’água. Essa feição é formada sobretudo em rios de planície, que são terrenos menos íngremes e menos acidentados. Os meandros não são estruturas permanentes, e podem sofrer alteração ao longo do tempo por causa de fatores como a carga de sedimentos e de materiais transportados pelo curso d’água.
Com a continuidade de processos como o solapamento das margens dos rios, que é resultado da ação contínua da água, o curso d’água pode assumir outra forma, e o meandro deixa de ter conexão com esse rio. Formam-se, a partir disso, os meandros abandonados.
→ Foz
Chamada também de desembocadura, a foz é o trecho final do rio. Trata-se da área onde o curso deságua em um outro corpo hídrico, como em um mar, no oceano, em lagos ou em outro rio. Devido à diferente carga de sedimentos e à morfologia do terreno, a foz de um rio pode assumir duas formas: delta ou estuário.
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Foz em delta

Na foz em delta, o canal principal se ramifica em vários canais menores muito próximo da sua desembocadura, sendo possível observar a formação de uma rede complexa permeada por ilhas e ilhotas a partir dos depósitos fluviais aparentes. O formato da foz em delta se assemelha a um triângulo quando observada de cima.
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Foz em estuário

Na foz em estuário, o rio desemboca através de um único canal, sem a presença de ramificações. A foz em estuário apresenta uma forma semelhante à de um funil.
O que é um rio?
Rio é um curso de água que escoa pela superfície de um terreno de sua parte mais elevada até sua parte mais rebaixada (de montante a jusante), desaguando em mares, no oceano, em lagos e lagoas ou em outros rios. A maior parte dos rios do mundo é natural e formada por água doce. O curso de um rio, como é chamada toda a sua extensão, se divide em três trechos:
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Alto curso ou curso superior: trecho de maior declividade do rio, que apresenta elevado potencial erosivo, realizando a remoção de materiais. Fica mais próximo de sua nascente.
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Médio curso ou curso médio: trecho em que acontece o transporte dos materiais (sedimentos) que foram gerados no curso superior. A declividade é menos acentuada, e as águas agem como modeladoras do relevo.
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Baixo curso ou curso inferior: trecho final do rio em que acontece a diminuição da velocidade de suas águas e o depósito de sedimentos. É no baixo curso que o rio desemboca em outro corpo hídrico.
O Brasil abriga a maior extensão do maior e mais caudaloso rio do mundo: o Rio Amazonas, que percorre 6.992 quilômetros desde a sua nascente na Cordilheira dos Andes, no Peru, até a sua foz no estado brasileiro do Pará.
Veja também: Oceanos — porções de água salgada que ocupam as principais e mais amplas depressões do relevo do planeta
Exercícios resolvidos sobre partes de um rio
Questão 1
A morfologia dessa parte do rio depende de fatores como o depósito de sedimentos que acontece em seu curso inferior, o que resulta na formação de um único canal ou na ramificação do canal principal. Estamos falando do(a):
A) nascente
B) talvegue
C) vertente
D) foz
E) meandro
Resolução:
Alternativa D.
A parte em que o rio deságua em outro corpo hídrico recebe o nome de foz, e pode apresentar a forma de delta ou estuário.
Questão 2
Em um sistema hídrico, observa-se a presença de um rio principal e de um conjunto de afluentes e subafluentes. Os afluentes são descritos como:
A) curvas acentuadas que se formam em planícies
B) canais que desaguam no rio principal
C) ponto de encontro de dois ou mais rios
D) leque aluvionar formado pelo depósito de sedimentos
E) área de deságue do rio no oceano ou em outro rio
Resolução:
Alternativa B.
Os afluentes, ou tributários, são rios que têm seu curso direcionado para um rio de maior dimensão que ele.
Fontes
GUERRA, Antônio Teixeira. Dicionário Geológico Geomorfológico. Rio de Janeiro, RJ: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 1993. 8. ed.
WINGE, M. et. al. Glossário Geológico Ilustrado. Disponível em: https://sigep.eco.br/glossario/index.html.