PUBLICIDADE
No Brasil e em qualquer outro país ou território existe uma direta relação entre infraestrutura e desenvolvimento. Afinal, a capacidade de atração de investimentos, o incentivo ao empreendedorismo, a geração de empregos e até a qualidade de vida da população estão diretamente relacionados com os elementos que compõem a estruturação socioespacial de uma localidade ou região.
Tópicos deste artigo
Mas o que é infraestrutura?
Infraestrutura – ou, mais precisamente, a infraestrutura econômica – é o conjunto de elementos básicos que fornece as condições materiais mínimas necessárias a qualquer empreendimento público ou privado, de interesse particular ou compartilhado. Os principais elementos que compõem a infraestrutura de um lugar são: a geração de energia, o sistema de transporte, as telecomunicações e outros serviços considerados fundamentais, tais como o saneamento, presença de instituições educacionais e de saúde, entre outros.
Nesse contexto, a infraestrutura também se relaciona com questões logísticas que servem para o desenvolvimento do país, dos quais os transportes, as comunicações e as fontes de energia são os fatores primordiais. Afinal, se um país não possui fornecimento de energia que garanta a não existência de “apagões”, se não possui uma rede articulada de transportes que permita o rápido e barato escoamento da produção e do comércio e, também, se não há um sistema integrado de comunicações, os investimentos diminuem e não é possível pensar em desenvolvimento econômico e também social. Com isso, cai a produção, cai o consumo, cai a geração de empregos e a economia enfraquece.
No Brasil, esses elementos são considerados como verdadeiros “gargalos” para o crescimento do país, principalmente os transportes e a geração de energia. No primeiro setor, o principal desafio é diminuir a preponderância do modal rodoviário sem prejudicar a qualidade das rodovias, beneficiando sistemas como o ferroviário, além de melhorar os serviços aeroviários e portuários. Embora existam esforços governamentais para desenvolvê-los, ainda não há uma solução a curto prazo para esses problemas.
Já no setor das fontes de energia, reside o fator de dependência em relação às hidrelétricas, que respondem por quase 80% de toda a eletricidade gerada no país. Quando o desempenho delas cai – em razão de problemas técnicos ou climáticos –, o país precisa acionar as termoelétricas, que são mais caras e mais prejudiciais ao meio ambiente, comprometendo o desenvolvimento em dois de seus aspectos: o econômico e o sustentável. Embora o país venha ampliando consideravelmente os investimentos em fontes alternativas, como a eólica e a solar, ainda é grande o desafio de maximizar e garantir a geração de energia barata em todo o território nacional.
Portanto, melhorar as condições de infraestrutura no país é melhorar as condições socioeconômicas de toda a população e, assim, gerar mais investimentos e também mais empregos. Por isso, é preciso diminuir os custos da indústria, da pecuária, da agricultura e do comércio para reduzir o preço dos produtos, gerar mais lucros aos investidores e promover medidas de distribuição de renda, outro importante desafio a ser vencido no Brasil e em várias partes do mundo.
Por Me. Rodolfo Alves Pena