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A lenda da vitória-régia é presente no folclore brasileiro, sendo originária da cultura indígena e muito popular na região Norte do Brasil. Essa lenda fala de Naiá, uma indígena que era apaixonada por Jaci, a Lua, um guerreiro forte e belo (a Lua é uma figura masculina para os indígenas).
A lenda é considerada um mito de origem da vitória-régia, planta muito importante para alguns povos indígenas e que é encontrada na região amazônica. A lenda conta que Naiá foi transformada em uma vitória-régia na sua busca por Jaci.
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Tópicos deste artigo
- 1 - Resumo sobre a lenda da vitória-régia
- 2 - Qual é a lenda da vitória-régia?
- 3 - Interpretação da lenda da vitória-régia
- 4 - Origem da lenda da vitória-régia
- 5 - Outras lendas do folclore brasileiro
Resumo sobre a lenda da vitória-régia
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A lenda da vitória-régia é uma das mais tradicionais do folclore brasileiro.
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Fala sobre o surgimento da vitória-régia, sendo, assim, um mito de origem.
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Não sabemos quando surgiu, mas sabemos que é oriunda da cultura indígena.
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Na lenda, Naiá era apaixonada por Jaci (a Lua, um personagem masculino), querendo ser transformada em estrela por ele.
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Foi transformada em vitória-régia por Jaci (Lua), depois de, ao ver o reflexo da Lua, se jogar em um igarapé e morrer afogada.
Qual é a lenda da vitória-régia?
A lenda da vitória-régia faz parte do folclore brasileiro. É fortemente relacionada com a região Norte, marcada pela Floresta Amazônica. Conta a história de uma indígena chamada Naiá e de sua paixão pela Lua, chamada de Jaci. A Lua, para a cultura indígena, é uma figura masculina, assim, Jaci era conhecido como um guerreiro forte e bonito.
Na lenda, Jaci escolhia as mulheres mais bonitas dos indígenas para transformá-las em estrelas, e Naiá queria ser uma dessas escolhidas. Ela era muito bonita e atraía a atenção de vários homens, mas não aceitava os flertes de nenhum deles, pois tinha interesse apenas em Jaci. Sempre que o via, ela corria na sua direção para ser escolhida, mas continuava sem se transformar em estrela.
Durante uma noite, Naiá viu o reflexo de Jaci (Lua) se refletindo na água e então pulou nela, achando que, assim, conseguiria alcançar o seu amado. Ela, no entanto, se afogou e faleceu no igarapé. Jaci ficou comovido pelo destino de Naiá, e, por sua determinação, transformou-a em uma vitória-régia, conhecida como a “estrela das águas”.
Jaci, ainda, determinou que as folhas da vitória-régia fossem o mais largas possíveis para que a sua luz pudesse acariciar a planta da melhor maneira. Além disso, determinou que a planta somente se abrisse durante a noite, quando seus raios poderiam iluminá-la.
Interpretação da lenda da vitória-régia
A lenda da vitória-régia é um mito de origem, uma história indígena que procura dar uma explicação para a vitória-régia. Essa planta muito tradicional da região amazônica tem uma forte relação com os indígenas, que chegavam, inclusive, a usá-la como parte de sua alimentação. O mito traz elementos que são muito próximos da cultura indígena, como a floresta, a natureza, a relação entre humanos e a natureza.
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Origem da lenda da vitória-régia
A origem dessa lenda é incerta, embora se saiba que venha de povos indígenas da região Norte do Brasil. Existem três versões dela, e essas versões são entendidas pelos historiadores como manifestações da identidade dos diferentes povos indígenas.
Outras lendas do folclore brasileiro
O folclore brasileiro é rico em diversas lendas, tais como:
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Saci-pererê: ser mítico do nosso folclore que é conhecido por sua estatura pequena e por ter apenas uma perna, saltitando rapidamente por onde passa. É marcado por suas travessuras, constantemente pregando peças nas pessoas.
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Iara: sereia que habita os rios da região Norte, seduzindo homens que nadam em suas águas ou caminham pelas margens. Os homens seduzidos não são vistos novamente.
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Boto-cor-de-rosa: o boto se transforma em humano, indo em festas de comunidades ribeirinhas, seduzindo mulheres, engravidando-as e depois desaparecendo.
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Bicho-papão: ser monstruoso que persegue, sequestra e devora crianças desobedientes.
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Curupira: ser mítico da floresta que é conhecido por ter os pés ao inverso. É o protetor da floresta, perseguindo aqueles que desmatam as matas e caçam os animais.
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Boitatá: cobra de fogo que protege os campos de incêndios criminosos.
Fontes
GOMES, Pedro Alves e CHRISTO, Raquel Saraiva. O mito da Vitória-Régia. Disponível em: https://periodicos.ufes.br/sinais/article/view/28011.
REDAÇÃO. Vitória-régia: a marcante lenda que ficou de fora de Cidade Invisível. Disponível em: https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/reportagem/vitoria-regia-a-marcante-lenda-que-ficou-de-fora-de-cidade-invisivel.phtml.