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Muitas pessoas perguntam-se qual é o melhor horário para estudar e obter melhores resultados. Entretanto, essa é uma pergunta complexa e envolve uma série de fatores. Não existe um horário ideal para todas as pessoas, e sim um horário ideal para cada indivíduo. Para entender melhor esse tema, devemos entender como nosso corpo funciona e conhecer melhor nossos ritmos biológicos.
Tópicos deste artigo
→ Ritmo circadiano
Denominam-se ritmo circadiano as alterações cíclicas que ocorrem no metabolismo em um período de 24 horas, ou seja, todas as modificações que ocorrem em um dia. Esse ciclo depende do relógio biológico, o qual está, normalmente, sincronizado com os ciclos de claro e escuro do ambiente, apesar de haver atividades em ritmos independentes dessas variações.
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O ritmo circadiano está relacionado, por exemplo, com a concentração de cortisol, um hormônio relacionado a diversos processos metabólicos. Observa-se, por exemplo, um aumento de cortisol nas primeiras horas da manhã e sua queda ao longo do dia. A melatonina, conhecida como hormônio do sono, é secretada durante o período noturno e também está associada ao ritmo circadiano.
Nem todas as pessoas possuem bom aproveitamento noturno, e isso está relacionado com seu relógio biológico.
O ritmo circadiano é fundamental para que nosso corpo funcione de maneira adequada, e sua alteração leva a desajustes do ritmo do corpo. Viagens, por exemplo, desencadeiam mudanças súbitas de fuso horário. Essas mudanças podem levar ao chamado jet lag, um mal-estar gerado pela alteração no ritmo biológico.
É muito importante conhecer como o corpo funciona para saber em qual momento uma pessoa é mais ativa e, consequentemente, qual é o melhor horário para estudar. Muitas pessoas, no entanto, não conhecem bem seu corpo, por isso forçam-se para trabalhar ou estudar em horários inadequados ao seu ritmo, desencadeando mal-estar.
→ Cronotipo
O ritmo de cada pessoa é único: algumas pessoas são mais noturnas, outras mais diurnas. Entender o cronotipo (ritmo de cada indivíduo) é essencial para identificar a melhor hora de estudo. De maneira resumida, podemos classificar os indivíduos em três tipos:
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Matutinos: Preferem acordar e dormir cedo e apresentam-se mais alertas durante a manhã.
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Vespertinos: Acordam e dormem tarde e apresentam maior rendimento nas atividades durante a tarde e à noite. Esse hábito, geralmente, leva essas pessoas a terem poucas horas de sono durante a semana, em decorrência de compromissos matutinos. Com isso, o indivíduo acaba tendo privações de sono e, consequentemente, maior indisposição e necessidade de cochilos durante o dia.
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Intermediário: Não possuem preferência por horários e conseguem ajustar-se mais facilmente aos horários.
Não conhecer seu próprio corpo pode levá-lo a um baixo aproveitamento de seus estudos.
Para identificar o cronotipo de um indivíduo, é necessário responder a uma série de perguntas. Alguns questionários estão disponíveis na internet e podem ajudar nessa identificação. Além disso, pode-se fazer um diário de anotações dos horários em que se costuma dormir e acordar. Esses dados podem ser valiosos para a identificação do horário de melhor rendimento nas atividades.
Podemos concluir que conhecer seu corpo é essencial para garantir uma melhor qualidade de vida e para melhorar seu desempenho em atividades. É fundamental destacar que o melhor horário para estudar é aquele em que você encontra-se mais ativo, e essa informação é completamente individual. Assim, não existe um horário “mágico” para todos. Além disso, independente da hora de estudo, é fundamental estar bem alimentado e respeitar os limites do seu corpo.
Por Ma. Vanessa Sardinha dos Santos