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2º mês de gestação

No segundo mês de gestação (da 5ª à 8ª semana lunar) o zigoto passa a ser chamado de embrião. É também no segundo mês que a placenta e o cordão umbilical se diferenciam, e a mãe sente os primeiros sintomas da gravidez.

No segundo mês, o zigoto passa a ser considerado embrião.
No segundo mês, o zigoto passa a ser considerado embrião.
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Uma vez que temos meses com 28, 30 e 31 dias, alguns médicos costumam sugerir que os cálculos relativos ao tempo de gravidez de uma mulher sejam feitos de acordo com o calendário lunar. Isso significa, basicamente, considerar o seguinte:

- 1 semana lunar = 7 dias
- 1 mês lunar = 4 semanas de 7 dias = 28 dias

Como o período compreendido entre o início da gestação e o dia do parto tem cerca de 280 dias, podemos perceber que esse valor corresponde a 40 semanas. Uma vez que um mês lunar tem 4 semanas, 40 semanas de gravidez correspondem a 10 meses lunares.

Agora que você já compreendeu essas contas, vamos seguir adiante, falando sobre o segundo mês de gestação. Nesse período, compreendido entre a 5ª semana lunar e a 8ª, o zigoto passa a ser chamado de embrião. Ele passa por rápido desenvolvimento celular, apresentando inicialmente cerca de 1 centímetro de comprimento, encerrando essa fase com aproximadamente 17 centímetros; quando seu corpo se apresenta mais ereto e alongado.

É nesse intervalo de tempo que seus membros, pés, mãos e dedos se desenvolvem, e também quando o coração, já com as quatro cavidades, inicia a execução de sístoles e diástoles sucessivas, dando início à circulação sanguínea. As veias são bem visíveis, já que sua pele é bastante fina e ligeiramente transparente.

É também aqui que as características da face começam a surgir, o esqueleto inicia seu desenvolvimento, assim como os músculos e outros sistemas corporais; e o tubo neural se fecha completamente.

Os olhos também se formam, mas sem apresentar íris e, tampouco, pálpebras. Além deles, as orelhas e a boca, e também a placenta e o cordão umbilical, já são visíveis no feto. Ele também começa a se movimentar, sutilmente.

Quanto à mãe, é geralmente nessa fase que ela suspeita ou já descobre que está grávida, quando não se trata de uma gravidez criteriosamente planejada. Assim, para confirmar a suspeita, o médico solicita um exame específico e, caso positivo, outros também serão necessários, com a finalidade de checar a saúde da gestante e identificar ou descartar problemas que possam afetar a sua saúde e a da futura criança.

A suspeita da gravidez está relacionada, principalmente, a um ou mais destes sintomas: aumento significativo das mamas, cintura menos definida, micção frequente, alterações gastrointestinais (inclusive enjoos, provocados, principalmente, pelo aumento constante do hormônio beta-hCG), salivação excessiva, cansaço, sonolência e maior emotividade. Além deles, a gestante pode perceber que suas unhas ficam mais resistentes e o olfato, mais apurado. Ela também pode sentir desejo por alimentos inusitados, assim como repulsa a alguns e também a determinados cheiros: é a malácia, outro sintoma típico da gravidez.

Os mamilos tendem a escurecer, e as gengivas se tornam mais sensíveis. Há também a possibilidade de surgirem manchas nas unhas, e espinhas na pele, em virtude das alterações hormonais.

Finalmente, apesar de o crescimento do abdome não ser bem perceptível, principalmente se se tratar de uma primeira gravidez; a gestante pode sentir dores na região inferior do abdome, relacionadas ao crescimento e/ou contração do útero.


Alimentação da gestante:

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Além do aumento dos níveis de beta-hCG, a ingestão de suplementos contendo ferro pode também provocar náuseas. Assim, pode ser interessante buscar orientação com um nutricionista, com a finalidade de incluir, na dieta, alimentos que contemplem a demanda desse nutriente. Para melhorar seu aproveitamento pelo organismo, é importante a ingestão de alimentos ricos em vitamina C, como kiwi, acerola, laranja, limão e tangerina.

Como a prisão de ventre pode ocorrer, é interessante comer alimentos ricos em fibras, como maçã e cereais; e ingerir muito líquido – que também ajuda na hidratação do organismo e na liberação de toxinas. Por outro lado, enlatados, doces e massas podem, além de piorar tais sintomas, provocar náuseas e gases.

Alimentos ricos em cafeína, como café, chocolate, alguns refrigerantes e chá-mate, devem ser evitados, ou ingeridos com cautela, já que o excesso de tal substância pode influenciar no crescimento e desenvolvimento das células fetais.


Importante:

Para lidar com as náuseas, uma boa dica é evitar comer demais, ou ficar muito tempo sem se alimentar. O ideal, assim, é ingerir pequenas porções, aproximadamente de três em três horas. Além disso, água gelada, chá de gengibre e suco de limão podem ajudar também.

Fracionar as refeições, mastigando devagar, é interessante porque, além de ajudar na prevenção das náuseas, ajuda no controle do peso da gestante, permitindo com que não engorde nem emagreça significantemente, o que não é bom para a saúde dela nem da criança.

A ingestão de bebidas alcoólicas, assim como de remédios sem orientação ou consentimento médico, e o uso de cigarros; são atitudes desaconselháveis, já que podem comprometer o desenvolvimento do bebê. O uso de produtos químicos nos cabelos, tais como cremes alisantes e tinturas, também deve ser evitado, já que algumas substâncias de sua composição podem entrar na corrente sanguínea da mãe, e serem direcionadas ao embrião.

Para evitar a exaustão, o ideal é dormir aproximadamente oito horas por noite, e praticar exercícios físicos moderados, como a caminhada.


Por Mariana Araguaia
Bióloga, especialista em Educação Ambiental
Equipe Brasil EScola

Escritor do artigo
Escrito por: Mariana Araguaia Escritor oficial Brasil Escola

Gostaria de fazer a referência deste texto em um trabalho escolar ou acadêmico? Veja:

ARAGUAIA, Mariana. "2º mês de gestação"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/biologia/segundo-mes-gestacao.htm. Acesso em 21 de dezembro de 2024.

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