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Muitas pessoas acreditam que sapo, rã e perereca são o mesmo animal. Quem nunca ouviu, por exemplo, alguém dizendo que a fêmea do sapo é a rã? Esses animais apresentam em comum o fato de serem anfíbios anuros (anfíbios sem cauda), porém também possuem características que os tornam bastante peculiares.
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Sapos
Os sapos são geralmente espécies da família dos bufonídeos (Família Bufonidae). Visualmente, podemos distinguir o sapo dos outros anuros analisando sua pele. A pele desses animais é mais seca e rugosa, o que os difere das pererecas e rãs, as quais apresentam pele mais lisa e úmida.
Além disso, os sapos, em geral, são mais volumosos e possuem patas curtas que impedem saltos a grandes distâncias. Eles ainda apresentam glândulas paratoides, onde é produzido veneno. Esses animais são encontrados em áreas mais secas, procurando ambientes aquáticos apenas no momento da reprodução. O sapo mais comum no Brasil é o famoso sapo-cururu.
Rãs
As rãs são anfíbios que possuem a pele lisa e uma cintura robusta. Nesses animais, observa-se uma grande capacidade de saltar, além de habilidade para a natação por causa da presença de membranas entre os dedos, que funcionam como pés de pato. As rãs apresentam um hábito mais aquático e são encontradas em locais mais próximos a lagos e outros lugares úmidos. As rãs são encontradas em diferentes famílias, e merecem destaque as famílias Leptodactylidae, Leiuperidae, Cycloramphidae e Ranidae.
Pererecas
As pererecas são anfíbios anuros mais adaptados a uma vida arborícola e apresentam membros bastante desenvolvidos que lhe permitem grandes saltos. Elas apresentam a pele lisa, assim como as rãs. A característica que as diferencia das rãs é a presença de discos adesivos localizados na ponta dos dedos desses animais. São esses discos adesivos que permitem que as pererecas sejam capazes de escalar superfícies. Praticamente todas as espécies de pererecas brasileiras estão agrupadas nas famílias Hylidae, Centrolenidae e Hemiphractidae.