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A água salgada representa cerca de 97,5% de toda a água do planeta. Apesar de sua grande disponibilidade, ela não é usada para consumo humano e muitas pessoas acreditam que estamos desperdiçando uma importante fonte desse recurso natural. Mas, afinal, podemos ou não beber a água encontrada nos mares e oceanos?
A água salgada, na maneira como está disponível, não pode ser consumida. Essa água é rica em cloreto de sódio, o mesmo sal que usamos para preparar alimentos, e o excesso de sal no nosso corpo faz com que as células comecem a perder água por osmose, o que provoca desidratação. Estima-se que a concentração de sais em uma água potável seja cerca de sete vezes menor do que a água de mares e oceanos.
Em razão da desidratação provocada pela ingestão de água salgada, a pessoa começa a sentir cada vez mais sede. Estima-se que, para cada litro ingerido de água salgada, dois litros de água doce são necessários para dissolver toda a quantidade de sal. Percebe-se, portanto, que, quando existe a escassez de água doce potável, a ingestão de água salgada pode desencadear o agravamento do quadro de sede.
Além desse problema, a água do mar possui alguns outros sais que provocam irritação intestinal. Essa irritação pode desencadear quadros de diarreia e, consequentemente, levar à perda de uma maior quantidade de água.
Entretanto, existem técnicas modernas que permitem que a população faça uso da água do mar. O processo conhecido como dessalinização da água já é realizado em várias partes do mundo e pode ser uma alternativa quando a escassez de água tomar proporções alarmantes.
A dessalinização da água, que aos olhos de muitos é um grande avanço diante da atual crise hídrica, apresenta um grande problema: o custo. A criação das usinas e o alto consumo de energia elétrica são dois fatores que encarecem a produção de água potável a partir da água do mar.
Apesar de ser uma grande fonte de água, os oceanos e mares ainda não constituem uma boa alternativa no que diz respeito ao consumo humano. Além de não podermos consumir a água sem tratamento, o custo para torná-la potável é, muitas vezes, inviável. Sendo assim, a dessalinização deve ser um recurso utilizado apenas em último caso, quando as reservas de água doce não estiverem mais disponíveis.
Diante da crise de água que enfrentamos, a principal solução é que a população faça um consumo consciente, reutilize a água e aproveite ao máximo a água das chuvas. O uso sustentável dos recursos hídricos é a forma mais eficaz de evitar racionamentos.
Por Ma. Vanessa dos Santos