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Osteíctes

Os osteíctes são peixes com esqueleto predominantemente formado por ossos.

Os peixes ósseos apresentam várias características que permitem seu reconhecimento. Observe a presença do opérculo e sua boca na região anterior
Os peixes ósseos apresentam várias características que permitem seu reconhecimento. Observe a presença do opérculo e sua boca na região anterior
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Normalmente classificamos os peixes em dois grandes grupos: os cartilaginosos e os ósseos. Os peixes ósseos, também chamados de osteíctes ou osteichthyes, são o grupo de vertebrados com maior número de espécies, incluindo representantes de água doce e salgada. São extremamente variados quanto à forma, cores e hábitos de vida.

Como o próprio nome sugere, esses animais possuem esqueleto formado principalmente por ossos, entretanto, em algumas espécies, são encontradas partes compostas por cartilagem. As escamas dos peixes ósseos possuem origem dérmica, sendo uma característica importante na diferenciação desse grupo com os peixes cartilaginosos. Além dessas características, esses animais possuem glândulas de muco em seu corpo que facilitam a natação.

Uma das características mais marcantes e de fácil visualização é a presença do opérculo, estrutura que protege as brânquias desses animais. Em peixes cartilaginosos, não é possível verificar essa estrutura e, portanto, as brânquias permanecem expostas. Nos osteíctes, são normalmente encontrados quatro a cinco pares de brânquias.

O sistema digestório é completo, inicia-se na boca e finaliza-se no ânus. A boca localiza-se na região anterior do corpo, diferentemente dos cartilaginosos, que apresentam boca ventral. Nesse grupo, não há presença de cloaca.

A presença de bexiga natatória também é uma notável característica dos osteíctes. Esse é um órgão de função hidrostática, que atua como uma boia, permitindo que o peixe permaneça em equilíbrio em diferentes profundidades.

A bexiga natatória é formada a partir de uma evaginação do trato gastrointestinal. Os peixes que possuem uma ligação entre o trato gastrointestinal e a bexiga natatória são chamados de fisóstomos, enquanto os que não possuem essa ligação são chamados de fisóclistos. Os peixes fisóstomos enchem sua bexiga natatória engolindo ar da atmosfera. Já os peixes fisóclistos enchem-na através de uma glândula denominada glândula de gás, que retira oxigênio do sangue.

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Ainda existe uma pequena dúvida a respeito do surgimento da bexiga natatória, não se sabe se ela surgiu primeiramente como pulmão ou como órgão relacionado ao equilíbrio do peixe. Entretanto, alguns pesquisadores acreditam que ela tenha surgido primeiro como pulmão e só depois como órgão relacionado à flutuabilidade.

Algumas espécies de peixes possuem desenvolvimento indireto, ou seja, possuem um estágio larval (alevino)
Algumas espécies de peixes possuem desenvolvimento indireto, ou seja, possuem um estágio larval

Nos peixes ósseos, os sexos são separados, ou seja, existem machos e fêmeas. A fecundação normalmente é externa com desenvolvimento indireto, ou seja, como formação de larvas. O estágio larval dos peixes é seguido de uma fase denominada alevino.

Podemos dividir os osteíctes em duas classes:

- Sarcopterygii – Grupo com nadadeiras carnosas e com um suporte ósseo. Apresentam como representantes os peixes pulmonados e os celacantos. Espécies desse grupo foram mais abundantes no Devoniano, hoje existem apenas poucas viventes. Acredita-se que esse grupo é ancestral dos vertebrados terrestres. Os peixes pulmonados apresentam uma característica extremamente interessante, que é a respiração por pulmões primitivos. Como exemplo, podemos citar a piramboia, espécie encontrada na região da Amazônia.

- Actinopterygii – Grupo com maior número de representantes. Apresentam por característica principal as nadadeiras sustentadas por raios (nadadeiras raiadas). Exemplos: cascudo, bagre, atum e salmão.


Por Vanessa dos Santos
Graduada em Biologia

Escritor do artigo
Escrito por: Vanessa Sardinha dos Santos Possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Estadual de Goiás (2008) e mestrado em Biodiversidade Vegetal pela Universidade Federal de Goiás (2013). Atua como professora de Ciências e Biologia da Educação Básica desde 2008.

Gostaria de fazer a referência deste texto em um trabalho escolar ou acadêmico? Veja:

SANTOS, Vanessa Sardinha dos. "Osteíctes"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/biologia/osteictes.htm. Acesso em 21 de novembro de 2024.

De estudante para estudante


Videoaulas


Lista de exercícios


Exercício 1

Os osteíctes são um grupo de peixes que apresentam esqueleto ósseo. Analise as alternativas a seguir e marque a única que não apresenta uma afirmação sobre esse grupo.

a) Os osteíctes, apesar de terem esqueleto ósseo, possuem algumas partes com cartilagem.

b) Os osteíctes apresentam glândulas produtoras de muco que facilitam a natação.

c) Os osteíctes possuem brânquias expostas.

d) Os osteíctes apresentam sistema digestório completo, isto é, que começa na boca e termina no ânus.

e) Os osteíctes possuem uma estrutura denominada de bexiga natatória que garante o equilíbrio do peixe em diferentes profundidades.

Exercício 2

Os osteíctes podem ser classificados em duas classes principais. Entre essas classes, uma inclui os representantes conhecidos como peixes pulmonados. Analise as alternativas a seguir e marque a classe que possui esse incrível grupo:

a) Actinopterygii.

b) Agnatos.

c) Elasmobranchii.

d) Holocephali.

e) Sarcopterygii.