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Ao analisar os seres vivos, verificamos, com certa frequência, estruturas que nos fazem crer em alguma ancestralidade em comum e no processo de evolução. Entretanto, nem sempre essas características refletem as relações evolutivas entre os organismos.
Tópicos deste artigo
O que são órgãos homólogos?
Os órgão homólogos são aqueles que podem ou não realizar a mesma função, porém apresentam uma estrutura básica igual e mesmo desenvolvimento embrionário. Isso quer dizer, portanto, que os indivíduos que apresentam esses órgãos possuem ancestralidade compartilhada.
Como exemplo de homologia, podemos citar os membros dos tetrápodes. Analisando os membros de anfíbios, répteis, aves e mamíferos, percebemos que o número e a disposição dos ossos são bastante semelhantes, o que nos mostra a relação de parentesco ali presente (Veja figura abaixo). Nesse caso, temos uma estrutura semelhante, porém com funções distintas, as quais refletem os diferentes estilos de vida.
Como as homologias são semelhanças resultantes de um ancestral em comum, a análise delas fornece informações importantes sobre a relação existente entre as espécies. Sendo assim, consideramos as homologias uma das evidências da evolução biológica.
O que são órgãos análogos?
Os órgãos análogos, por sua vez, não refletem as relações de ancestralidade e dizem respeito apenas às funções semelhantes. Essas semelhanças ocorrem devido à evolução convergente, que leva ao surgimento de características semelhantes mesmo em indivíduos de grupos bastante diferentes. Isso se deve ao fato de que essas características favoreceram a sobrevivência em ambientes similares, representando, portanto, adaptações ao ambiente.
Como exemplo de analogias, podemos citar as asas de aves e insetos. Esses animais apresentam asas que garantem seu voo, entretanto, as estruturas são bastante diferentes. Sendo assim, as funções são similares, mas não possuem a mesma origem embrionária, nem indicam ancestralidade.