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Viriato Corrêa é um contista, romancista e dramaturgo brasileiro. Ele nasceu na cidade de Pirapemas, no Maranhão, em 23 de janeiro de 1884. Mais tarde, estudou Direito em Recife e no Rio de Janeiro, trabalhou como jornalista e foi professor na Escola Normal e na Escola Dramática no Rio de Janeiro.
O escritor, que faleceu em 10 de abril de 1967, no Rio de Janeiro, fez grande sucesso como dramaturgo e autor de livros infantis. Suas obras apresentam caráter histórico, nacionalista e regional. Seu livro infantil Cazuza é sua obra mais conhecida e apresenta elementos autobiográficos.
Leia também: Monteiro Lobato — outro autor brasileiro conhecido, principalmente, por seus livros infantis
Tópicos deste artigo
- 1 - Resumo sobre Viriato Côrrea
- 2 - Biografia de Viriato Corrêa
- 3 - Características das obras de Viriato Corrêa
- 4 - Principais obras de Viriato Corrêa
- 5 - Viriato Corrêa na política
- 6 - Frases de Viriato Corrêa
Resumo sobre Viriato Côrrea
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Viriato Corrêa é um autor maranhense de contos, romances e peças teatrais.
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Nasceu em 1884 e faleceu em 1967.
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Além de escritor, também foi professor, jornalista e advogado.
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Suas obras mais importantes são textos teatrais e livros de literatura infantil.
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O aspecto histórico e nacionalista é característica marcante em suas obras.
Biografia de Viriato Corrêa
Manuel Viriato Corrêa nasceu em 23 de janeiro de 1884, em Pirapemas, no Maranhão. Em 1893, mudou-se para São Luís, onde estudou no colégio São Luís e, em seguida, no Liceu Maranhense. Com 16 anos de idade, escreveu seus primeiros textos literários. Iniciou a Faculdade de Direito, em Recife, no estado de Pernambuco, em 1900.
Três anos depois, mudou-se para o Rio de Janeiro, onde terminou o curso universitário em 1907. Atuou como advogado raramente e se dedicou ao jornalismo. O primeiro jornal em que trabalhou foi o Gazeta de Notícias. Nesse periódico, passou a escrever para o público infantil, entre 1906 e 1907.
Assim, publicou seu primeiro livro infantil — Era uma vez... — em 1908. A obra foi escrita em parceria com o escritor João do Rio (1881-1921). Também escreveu para outros periódicos, como Correio da Manhã e Jornal do Brasil, entre outros. Em 1917, criou a Associação Brasileira de Autores Teatrais.
No ano de 1921, fez parte do grupo Trianon, que buscava produzir um teatro com características nacionais. Em 1931, sua peça Bombonzinho fez grande sucesso quando foi encenada pela Companhia Procópio Ferreira. Tal sucesso foi um alívio após a tensão vivida pelo autor devido à sua oposição à Revolução de 1930.
Trabalhava como professor de História e Geografia em escolas públicas. Por ocasião da revolução, perdeu, por motivos políticos, o cargo de professor na Escola Normal, sendo readmitido cerca de um ano depois. Anos depois, tornou-se professor de História do Teatro na Escola Dramática do Rio de Janeiro.
Em 1938, sua peça Marquesa de Santos estreou com sucesso em São Paulo. Ali o escritor foi homenageado por intelectuais da cidade, em um almoço no dia 8 de março. Nesse mesmo ano, publicou seu livro infantil mais famoso — Cazuza. O romancista, contista e dramaturgo faleceu em 10 de abril de 1967, no Rio de Janeiro.
→ Viriato Corrêa na Academia Brasileira de Letras
O autor tentou ser eleito para a Academia Brasileira de Letras por três vezes, sem sucesso. Finalmente, foi eleito em 14 de julho de 1938 e tomou posse da cadeira 32 em 29 de outubro do mesmo ano.
Características das obras de Viriato Corrêa
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Narrativa histórica
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Literatura infantil
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Nacionalismo patriótico
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Temática regionalista
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Traços autobiográficos
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Comédia de costumes
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Teatro musical
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Elementos de fábulas
Principais obras de Viriato Corrêa
→ Romance de Viriato Corrêa
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A balaiada: romance histórico do tempo da regência (1927).
→ Literatura infantil de Viriato Corrêa
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Era uma vez... (1908) — em coautoria com João do Rio.
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Contos da história do Brasil (1921).
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Varinha de condão (1928).
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Arca de Noé (1930).
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A descoberta do Brasil (1930).
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No reino da bicharada (1931).
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Quando Jesus nasceu (1931).
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A macacada (1931).
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Os meus bichinhos (1931).
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História do Brasil para crianças (1934).
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Meu torrão (1935).
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Bichos e bichinhos (1938).
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No país da bicharada (1938).
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Cazuza (1938).
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História de Caramuru (1939).
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A bandeira das esmeraldas (1945).
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As belas histórias da História do Brasil (1948).
→ Contos e crônicas de Viriato Corrêa
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Minaretes (1903).
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Contos do sertão (1912).
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Terra de Santa Cruz (1921).
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Histórias da nossa estória (1921).
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Novelas doidas (1921).
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Brasil dos meus avós (1927).
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Baú velho (1927).
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Histórias ásperas (1928).
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Gaveta de sapateiro (1932).
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Alcovas da história (1934).
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Mata galego (1934).
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Casa de Belchior (1936).
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O país do pau de tinta (1939).
→ Teatro de Viriato Corrêa
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Sertaneja (1915).
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Manjerona (1916).
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Morena (1917).
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Sol do sertão (1918).
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Juriti (1919).
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Sapequinha (1920).
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Nossa gente (1924).
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Zuzu (1924).
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Uma noite de baile (1926).
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Pequetita (1927).
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Bombonzinho (1931).
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Sansão (1932).
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Maria (1933).
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Bicho papão (1936).
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O homem da cabeça de ouro (1936).
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Marquesa de Santos (1938).
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Carneiro de batalhão (1938).
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O caçador de esmeraldas (1940).
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Rei de papelão (1941).
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Pobre diabo (1942).
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O príncipe encantador (1943).
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O gato comeu (1943).
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À sombra dos laranjais (1944).
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Estão cantando as cigarras (1945).
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Venha a nós (1946).
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Dinheiro é dinheiro (1949).
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O grande amor de Gonçalves Dias (1959).
Acesse também: Ziraldo — um dos principais autores da literatura infantil brasileira
Viriato Corrêa na política
Viriato Corrêa foi eleito deputado estadual pelo Maranhão em 1911. Mais tarde, em 1927, iniciou o mandato de deputado federal, com reeleição em 1930. Porém, não pôde cumprir o terceiro mandato por questões políticas advindas da subida ao poder de Getúlio Vargas (1882-1954). Contrário ao novo governo e apoiador do presidente Washington Luís (1869-1957), acabou ficando preso durante algum tempo.
Frases de Viriato Corrêa
A seguir, vamos ler algumas frases de Viriato Corrêa, retiradas de seu discurso de posse na ABL:
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“A maioria dos homens deixa-se vencer pela vida.”
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“O amor de quem muito espera é um amor de altas calorias, que se refinou à prova de fogo.”
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“Até a morte deve escolher o momento em que não se torne visita incômoda.”
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“A morte gosta de encontrar a gente com as malas prontas para a grande viagem.”
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“A gota não tem prestígio nem mesmo quando é de veneno.”
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“A felicidade não é nascer Príncipe de Gales; a felicidade é ser hábil na escolha de uma grande época para nascer.”
Créditos de imagem
[1] Arquivo Nacional / Wikimedia Commons (Imagem editada: Foi recortada a fim de que só ficasse na imagem Viriato Corrêa.)
[2] Editora Ecclesiae (reprodução)
Fontes
ABL. Viriato Correia: discurso de posse. Disponível em: https://www.academia.org.br/academicos/viriato-correia/discurso-de-posse.
FERREIRA, Patrícia Fernandes de Barros. Cultura escolar e infância em Cazuza, de Viriato Corrêa. 2022. Dissertação (Mestrado em Educação) – Faculdade de Educação, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2022.
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO. Ex-alunos notáveis: Viriato Correia. Disponível em: https://www.ufpe.br/arquivoccj/curiosidades/-/asset_publisher/x1R6vFfGRYss/content/ex-alunos-notaveis-viriato-correia/590249.