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O colesterol é um lipídeo insolúvel, que, quando em excesso, é responsável por algumas doenças cardiovasculares. Esse lipídeo exerce funções importantes em nosso organismo, como fabricação de vitamina D, produção de hormônios sexuais e participação no crescimento e regeneração celular. “Não podemos viver sem o colesterol", explica Raul D. Santos, cardiologista do Centro de Medicina Preventiva do Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE) e professor livre-docente da Faculdade de Medicina da UPS.
Existem dois tipos de colesterol: o colesterol bom e o colesterol ruim.
O colesterol bom também chamado de HDL (lipoproteínas de alta densidade - High-Density Lipoproteins)é bom para o organismo e o protege, pois recolhe todo o colesterol ruim depositado nos vasos sanguíneos, para depois ser eliminado pelo fígado.
O colesterol ruim, também chamado de LDL (lipoproteínas de baixa densidade - Low-Density Lipoproteins), deposita-se nas paredes das artérias, deixando-as mais estreitas, o que dificulta a passagem do sangue e pode levar ao entupimento da artéria. O colesterol está associado ao excesso de peso, má alimentação, diabetes, pressão alta e tabagismo.
Segundo o professor Raul, a genética é o fator determinante para a presença de colesterol em excesso. Uma pessoa pode ter uma dieta rica em gorduras e seu nível de LDL ser baixo, pois o fígado consegue eliminar o excesso de colesterol de forma correta. Já pessoas que apresentam uma dieta balanceada podem ter o nível de LDL alto, porque o fígado não consegue excretar bem as gorduras. Por esse motivo é errado dizer que somente pessoas obesas têm colesterol alto.
Tanto o HDL, quanto o LDL fazem parte de nosso organismo, sendo que 70% do bom colesterol é sintetizado, enquanto que 30% é adquirido na alimentação. Há alimentos que além de combaterem o colesterol ruim, ainda aumentam o nível do bom colesterol no sangue, sendo aliados das pessoas que sofrem com o excesso de LDL.
O consumo de fibras solúveis encontradas no farelo de aveia, feijões, ervilhas, frutas cítricas e maçãs reduz o nível de LDL no sangue.
Morango e cereja combatem os radicais livres, o que faz com que o sistema cardiovascular funcione melhor.
O consumo de uva vermelha, maçã e brócolis auxilia no aumento do bom colesterol por conter grande quantidade de quercetina, um flavonoide muito encontrado no reino vegetal, com atividade antioxidante e de remoção dos radicais livres.
Frutas de cor roxa e vermelha possuem antocianinas, substância com ação antioxidante e com importante contribuição para o sistema circulatório.
A berinjela, por possuir alto teor de fibras, ajuda na diminuição das gorduras que circulam pelo sague. É rica em flavonoides e antioxidantes, substâncias que dificultam a formação de placas de gorduras nas paredes das artérias.
O azeite e o abacate possuem gordura monoinsaturada, muito benéfica para o coração, além de aumentar o nível de colesterol bom e diminuir o nível de colesterol ruim.
Sardinha, salmão e atum são alimentos ricos em ômega -3, o que inibe a formação de plaquetas e a coagulação sanguínea, prevenindo doenças cardiovasculares. Além disso, seu consumo possibilita o controle do colesterol e dos triglicérides.
A melhor forma de combater o colesterol ruim é manter o bom senso na hora das refeições, evitar o consumo de gorduras saturadas e gorduras trans, preferir óleos vegetais para cozinhar e evitar o consumo de carnes vermelhas, principalmente as carnes gordurosas.
Paula Louredo
Graduada em Biologia