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Para quem achava que reações químicas só ocorriam em laboratório, uma surpresa: a natureza pode agir e provocar as mais diferentes reações, como misturar substâncias e colaborar para transformações químicas de compostos naturais.
O mármore é uma testemunha deste acontecimento. Também conhecido como rocha metamórfica, é proveniente da modificação química do calcário e do meio onde se encontra. O processo é conhecido como metamorfismo e consiste numa resposta das rochas e minerais à pressão e ao calor. O nome é apropriado, já que o termo metamorfismo é uma junção variante das palavras “meta” (transformação) e "morphe" (forma), ou seja, o mármore é formado a partir da transformação físico-química sofrida pelo calcário a altas temperaturas e pressão. A prova disso é que as maiores jazidas de mármore se encontram em regiões de atividade vulcânica e que possuem a rocha matriz calcária. Essa origem explica a definição de rocha metamórfica dada ao mármore.
A temperatura em que se encontra o calcário é definida como grau metamórfico e, juntamente com a composição química do mineral, molda a rocha dando origem a variadas cores (rósea, branca, esverdeada, preta) e diferentes texturas. Essas características fazem do mármore um material rentável na indústria de rochas ornamentais.
Aplicações do mármore: usado em decorações, na confecção de objetos ornamentais e esculturas. Em construções civis é aplicado em objetos para uso domiciliar, como pisos, mesas e bancadas para cozinha.
As maiores concentrações de rocha metamórfica no Brasil ficam no estado do Espírito Santo, e consequentemente, a maior produção de objetos ornamentais de mármore do país pertence a esse Estado.
Por Líria Alves
Graduada em Química