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A propanona é a cetona de maior uso comercial e é mais comumente conhecida como acetona, sendo bastante utilizada como removedora de esmaltes. No entanto, a solução que serve para essa finalidade na realidade é uma mistura de acetona, álcool etílico e água.
A acetona apresenta relativa toxidade, podendo agredir a mucosa bucal e nasal e provocar irritações na pele.
A propanona isolada possui a seguinte estrutura:
À temperatura ambiente, a acetona é um líquido inflamável, incolor, de cheiro agradável, solúvel em água e em outros solventes orgânicos. Essa última característica faz com que a acetona seja usada principalmente como solvente não só dos esmaltes, mas de tintas, vernizes, fibras de vidro, na extração de gorduras e óleos de sementes vegetais (como soja, amendoim e girassol) e na indústria alimentícia. É usada também na produção de anidrido acético, na preparação de clorofórmio iodofórmio e bromofórmio, na produção de medicamentos e como dissolvente da celuloide.
Ela pode ser obtida industrialmente por meio da decomposição térmica do acetato de cálcio, pela hidratação do propeno ou por oxidação do cumeno. Nesse último caso, o cumeno é obtido por meio de uma reação entre o propeno (propileno) e o benzeno, derivados do petróleo.
Infelizmente, a propanona também é utilizada na extração da cocaína, a partir das folhas de coca; sendo, portanto, comercializada de forma controlada pelo Departamento de Entorpecentes da Polícia Federal.
O nosso corpo produz a propanona como resultado da decomposição incompleta de gorduras. O nível normal de propanona no sangue é de até 1 mg/100 mL de sangue. Porém, em alguns casos de doenças, como o diabetes Millitus e o hipertireoidismo, a pessoa produz mais propanona que pode ser detectada pela urina, por onde é excretada, e que pode chegar até mesmo a ser sentida pelo hálito.
Por Jennifer Fogaça
Graduada em Química