A palavra dígrafo vem do grego (di = dois e grafo = escrever) e ocorre quando duas letras são utilizadas para representar um único fonema. Na Língua Portuguesa, há um número relevante de dígrafos e, por isso, eles são agrupados em dois tipos: os dígrafos consonantais (11) e os dígrafos vocálicos (10).
ch – machado, China, chuva.
lh – ilha, milho, alho.
nh – ninho, sonho, galinha.
rr – arroz, carro, irreal.
ss – pássaro, assado, assim.
sc – descendente, nascer, crescer.
sç – cresça, nasço, desço.
xc – exceção, excelente, exceto.
xs – exsuar, exsudar.
gu – águia, preguiça, Guido.
qu – aquele, quilo, queijo.
Observações:
1) As letras gu e qu são consideradas como dígrafos somente quando seguidas das vogais 'e' ou 'i', representando os fonemas /g/ e /k/, como em gueixa, quilo. Nesse caso, a letra 'u' não representa nenhum fonema.
2) Na divisão silábica, alguns dígrafos consonantais separam-se e outros não, a saber:
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*São separados na divisão silábica:
rr – car-ro
ss – pás-sa-ro
sc – as-cen-são
sç – nas-ço
xc – ex-ce-ção
xs – ex-su-dar
*Não são separados na divisão silábica:
ch – chu-va
lh – i-lha
nh – ni-nho
gu – guei-xa
qu - qui-lo
Os dígrafos vocálicos são aqueles cujas vogais são sucedidas das consoantes 'n' ou 'm', representando fonemas vocálicos nasalizados, ou seja, as correntes de ar que saem dos pulmões passam pelo nariz e pela boca. Observe alguns exemplos abaixo:
am – campo, amparo.
an – sangue, antena.
em – sempre, tempero.
en – tento, entra.
im – limpo, pimpão.
in – tingir, tinto.
om – rombo, ombro
on – tonta, ontem.
um – umbigo, nenhum.
un – sunga, Dunga.
Por Ma. Luciana Kuchenbecker Araújo