Segundo a teoria da evolução, os organismos sofreram e sofrem modificações ao longo do tempo, sendo que novas espécies surgem a partir de algum ancestral comum. Estudando diferentes grupos de organismos, percebemos diversas características que servem de evidência para essa teoria. A presença de órgãos vestigiais é uma dessas evidências.
Podemos definir órgão vestigial como uma estrutura atrofiada que possui pouca ou nenhuma função em um determinado organismo. Um dos principais exemplos de órgãos vestigiais é o apêndice humano. Essa projeção do intestino não apresenta grandes funções para o homem, porém é bastante desenvolvida em alguns animais herbívoros, tais como o coelho.
Estudos sugerem que o apêndice pode ter sido útil para nossos ancestrais e que estes possuíam uma dieta mais rica em vegetais, uma vez que o apêndice apresenta como função principal abrigar micro-organismos capazes de quebrar a celulose. Com a mudança da dieta humana, esse órgão não apresentou mais vantagens e hoje é encontrado apenas como uma estrutura vestigial.
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Além disso, a presença do apêndice no homem e em alguns herbívoros sugere que em algum ponto da nossa história evolutiva tivemos um ancestral comum e, por isso, compartilhamos essa característica.
Outras estruturas podem ser citadas como vestigiais, tais como ossos de patas nas baleias e uma estrutura formada por vários ossos nas aves que sugere a presença de uma cauda em seus ancestrais. Todas essas características foram úteis no passado, porém não são mais utilizadas.
Percebe-se, portanto, que os órgãos vestigiais são estruturas que desempenhavam uma importante função, entretanto, por algum motivo, passaram a ser desnecessárias e foram tornando-se cada vez menores e com pouca ou nenhuma função. Sendo assim, esses órgãos são importantes evidências das modificações sofridas pelos organismos ao longo do tempo.
Por Ma. Vanessa dos Santos