Quando falamos em reprodução dos vegetais, frequentemente ouvimos as expressões anterídio e arquegônio. Mas, afinal, o que são essas estruturas?
O anterídio é responsável pela produção dos gametas masculinos conhecidos por anterozoides. Eles podem ser uni ou multicelulares, a depender do grupo estudado.
Nas briófitas, o anterídio é alongado ou esférico, apresenta uma camada externa de células estéreis e, em seu interior, são encontradas as células espermatógenas, que dão origem aos anterozoides. Cada célula espermatógena forma apenas um anterozoide flagelado. Nas pteridófitas, os anterídios estão localizados nos rizoides do prótalo e apresentam-se em formato de bolsa revestida por células estéreis.
A figura acima mostra o arquegônio de uma hepática em um aumento de 100x
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Os arquegônios são estruturas multicelulares que produzem apenas uma oosfera (gameta feminino) — uma estrutura imóvel, diferentemente dos anterozoides.
Nas briófitas, o arquegônio apresenta um formato de garrafa, com uma porção basal dilatada que abriga a oosfera. Existe ainda um longo colo que serve de passagem para que os anterozoides cheguem até a oosfera. Quando o gameta feminino está maduro, as células centrais do colo desintegram-se e formam um fluido que permite a passagem do gameta masculino. Nas pteridófitas, os arquegônios são formados perto das reentrâncias do prótalo e apresentam-se semelhantes aos das briófitas.
Os anterídios e arquegônios são encontrados nas briófitas e pteridófitas. As gimnospermas apresentam arquegônios, mas não há anterídios. Já as angiospermas não possuem nenhuma dessas estruturas.
Por Ma. Vanessa dos Santos