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Universidades argentinas podem começar a taxar estudantes brasileiros

O governo de Javier Milei propôs mudanças no Estado Argentino, dentre elas, está a taxação de estrangeiros em universidades públicas

Em 03/01/2024 10h36 , atualizado em 03/01/2024 10h36
Bandeira de argentina a frente de dólares caindo
A maioria dos estrangeiros estudando na argentina são latinoamericanos
Ouça o texto abaixo!

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As universidades argentinas podem começar a taxar os estudantes brasileiros que estudam no país. Essa possibilidade começou a ser considerada após o envio, por parte da gestão de Javier Milei, de mais mil artigos para apreciação do Congresso.

As propostas visam promessas de campanha do atual presidente que possuem um caráter econômico liberal, ao mesmo tempo que restringem liberdades de manifestação. Atualmente, as universidades públicas argentinas são gratuitas e não exigem a realização de um vestibular.

Com a mudança, estrangeiros com residência temporária no país irão começar a ser taxados para poder estudar na Argentina, a aplicação e o valor das cobranças serão definidas pelas próprias universidades. Essa e outras alterações ainda precisam da aprovação do Congresso Argentino, onde o governo de Javier Milei possui minoria no número de votos.

Conheça mais sobre a geografia e a história da Argentina

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Estudantes estrangeiros na Argentina

A última vez que dados sobre a quantidade de estrangeiros nas universidades argentinas foram divulgados foi em 2021. Segundo essas informações, veiculadas pelo jornal La Nación, eram 117.820 alunos estrangeiros estudando na Argentina.

Esse número representa 4,3% do corpo discente universitário do país, que soma mais de 2,7 milhões de alunos. Um aspecto que chama atenção é a maioria absoluta de cidadãos provenientes das Américas, representando 95,9% dos estudantes estrangeiros. Veja o gráfico:

Créditos: La Nación

Os maiores atrativos das universidades argentinas são a gratuidade, a ausência de vestibulares e a qualidade do ensino. Ainda que a cobrança seja aprovada, as Universidades terão autonomia para não realizar as cobranças e definir o valor, assim como, podem ser criados programas com distribuição de bolsas. 

Em 2016, foram divulgados outros dados sobre os estudantes estrangeiros na Argentina, conforme estas estatísticas o curso preferido de quem vêm de fora do país é o de Medicina, cerca de 20% dos estrangeiros optam por essa graduação. 1 em cada 7 estudantes de medicina, na Argentina, era estrangeiro. Os brasileiros eram maioria absoluta, registrando 52,7% dos alunos estrangeiros de medicina.

Na Universidad de Buenos Aires (UBA), a de maior relevância no país, 9,5% dos alunos de gradação são estrangeiros e na pós-graduação, que já exige cobrança de taxas, é de 16,5%. Agora, em universidades privadas, a média varia entre 6% e 11%, de acordo com o La Nación.

Por Tiago Vechi

Jornalista

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