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Projeto de checagem de fake news é desenvolvido por estudantes de escola pública de Sergipe

A iniciativa é uma parceria de uma escola de Aracaju (SE) com estudantes de Relações Internacionais da Universidade Federal do Sergipe (UFS)

Em 17/05/2023 12h52 , atualizado em 17/05/2023 12h52
Estudantes em computador
Projeto de checagem de fake news é protagonizado por estudantes do ensino médio. Crédito da Imagem: Shutterstock
Ouça o texto abaixo!

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O projeto "Observatório Internacional da Notícia", de checagem de fake news, desenvolvido por estudantes do Centro de Excelência Atheneu Sergipense, uma escola de ensino médio integral de Aracaju (SE), se destaca por despertar o lado crítico de jovens no espaço acadêmico. 

O objetivo do projeto é promover o letramento digital e a formação de estudantes como educadoras/es de suas comunidades, incentivando-os a compartilhar informações verídicas e a combater fake news por meio da checagem de notícias. O trabalho é fruto de uma disciplina eletiva da escola e faz parte de um projeto de conclusão de curso 

A iniciativa é realizada em parceria com o curso de Relações Internacionais da Universidade Federal de Sergipe (UFS). 

Hoje, 17 de maio, é comemorado o Dia Mundial da Internet. Neste momento é realizado o Internet Day na escola Atheneu Sergipense.

Os estudantes convidaram especialistas em segurança digital e do Direito para debaterem soluções para a proteção de crianças e adolescentes na internet. 

Veja também: Fórum da Unesco debate sobre fake news

Projeto de checagem de fake news

O projeto de checagem de fake news produzido pelos estudantes envolve a seleção de notícias, a realização de apurações e checagens, aos moldes do que acontece na Agência Lupa, especializada em checagem de notícias. 

Esse tipo de trabalho torna as e os alunos protagonistas do processo de produção, estimulando o desenvolvimento de habilidades críticas e criativas, bem como, contribuindo para a formação cidadã. 

"Dentro das propostas pedagógicas multidisciplinares do modelo, essa iniciativa procura ensinar competências essenciais para a convivência em sociedade. De acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), um dos objetivos da educação básica é qualificar os alunos para o exercício da cidadania. Então, como a escola pode pautar o tema na sociedade? Penso que um dos caminhos é falar, mas também ouvir os jovens sobre problemas que os afetam".

Yuri Norberto - Professor e coordenador do projeto

Leia também: O que é o Projeto de Lei das Fake News?

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Segundo Rafael Souza Gama, estudante do 3º ano do ensino médio, trabalhos como esse ajudam no engajamento dos estudantes nas atividades curriculares e a exercitarem uma visão para o futuro. 

"Estudar e compreender a polarização das fake news nos proporciona trabalhar com a verdade e nos comunicar de forma ética e coesa com o mundo. Por isso, o projeto tem tudo a ver com o meu projeto de vida. Quero me formar em Medicina e atuar com ativismo social. Quero poder cuidar e ajudar as pessoas de perto, participando de iniciativas educacionais de conscientização, porque eu reconheço que através da educação que a gente consegue transformar o mundo".

Rafael Souza Gama

Um diferencial desse projeto é estimular jovens do ensino médio a desempenharem papeis ativos na sociedade, em trabalhos que extrapolem os limites da sala de aula. 

A estudante Maria Eduarda Feitosa relata que a partir de iniciativas como essa, eles percebem o quanto as e os jovens são importantes e que devem ser ouvidos pelas comunidades.

"Acredito que o observatório é uma ferramenta de extrema relevância na atualidade, principalmente por florescer nos jovens o lado protagonista, que compreende seu lugar na sociedade e a forma como pode utilizar a internet para trabalhar assuntos importantes para o presente e o futuro", argumenta Maria Eduarda. 

Para estudantes que desejam seguir na carreira da educação como é o casao de Pedro Daniel Vasconcelos, esse tipo de atividade se conecta com o projeto de vida do jovem. "Ao aprofundar o conhecimento sobre as fake news, sei que também estarei me preparando para ser um profissional que no futuro saiba reconhecer uma informação falsa e não repasse isso aos alunos, ou melhor, os ensine a checar as notícias também", comenta.

 

Por Lucas Afonso
Jornalista