Ministério Público de Santa Catarina nega ato nazista em manifestação
Ministério Público de Santa Catarina nega ato nazista em manifestação
No Brasil, a apologia ao nazismo é crime, estabelecido na lei n° 9.459 de 1997. A pena é de multa e cinco anos de reclusão
Em 03/11/2022 09h30
, atualizado em 03/11/2022 10h33
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Manifestantes bolsonaristas realizaram ontem (02) um gesto semelhante à saudação nazista "Sieg Heil" durante protesto contra a vitória eleitoral do presidente Lula.
O ato ocorreu na cidade de São Miguel do Oeste, em Santa Catarina, em frente ao 14° Regimento de Cavalaria Mecanizado, da base do Exército na cidade.
As imagens rapidamente viralizaram nas redes sociais. É possível ver dezenas de pessoas com os braços estendidos durante a execução do Hino Nacional. O ato é parecido com a saudação nazista usada nas décadas de 1930 e 1940, por nazistas e pelo próprio Adolf Hitler.
No Brasil, a apologia ao nazismo é crime, estabelecido na lei n° 9.459 de 1997. A pena é de multa e cinco anos de reclusão.
O Ministério Público de Santa Catarina chegou a emitir nota afirmando investigar o ocorrido. Porém, em outra nota, afirmou que em apuração preliminar não identificou intenção de apologia ao nazismo pelos manifestantes no extremo oeste catarinense.
De acordo com a nota, o gesto realizado pelos manifestantes foi executado após serem conclamados pelo locutor do evento, empresário local, a estenderem a mão sobre o ombro da pessoa a sua frente ou, se não houvesse, para que estendessem o braço, a fim de "emanar energias positivas".O relato foi confirmado por policial que acompanhava a manifestação, bem como por diversos repórteres que estavam no evento.
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Confederação Israelita
Por meio de nota nas redes sociais, a Confederação Israelita do Brasil (Conib) repudiou os atos nazistas em São Miguel do Oeste. A confederação pediu a investigação e punição dos atos.
Manifestações contra as eleições
Desde o resultado do segundo turno das eleições presidenciais, grupos bolsonaristas estão realizando manifestações por todo o país contra o resultado das urnas que elegeram Lula como novo presidente do Brasil.
Vários bloqueios ilegais em rodovias foram realizados. Os bloqueios já resultaram em falta de combustível, suspensão da distribuição de vacinas e suspensão de viagns de ônibus.