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Dia do repórter. Veja como é a liberdade de imprensa no Brasil

A liberdade de imprensa é um princípio fundamental para jornalistas cumprirem com seus trabalhos em segurança

Em 16/02/2024 11h03 , atualizado em 25/04/2024 18h51
Repórteres tabalhando
Dezenas de jornalistas morreram no exercício de suas funções no ano passado Crédito da Imagem: Shutterstock
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O Dia do repórter é hoje, dia 16 de fevereiro. São profissionais importantes para a manutenção da democracia e para a construção de uma sociedade justa.

Isso porque são os responsáveis por conferir informações com fontes oficiais, entrevistar especialistas ou testemunhas para verificar o que é fato e o que não é. Além de passar estas informações, muitas vezes complexas, de forma compreensível para a população em geral. 

Todo repórter é jornalista, mas nem todo jornalista é repórter. Pois, dentro do jornalismo há várias funções como âncoras, editores, colunistas, entre outras.

Repórteres e a liberdade de imprensa

Um desafio que se impõe aos repórteres de todos os meios (televisão, rádio, impresso e internet) é a liberdade de imprensa. Muitas vezes repórteres são mortos, ameaçados ou presos por, simplesmente, fazerem o seu trabalho. 

Por exemplo, conforme informações da organização Repórteres sem Fronteiras, 779 jornalistas foram presos e 45 foram mortos no exercício de suas funções, em todo o mundo, apenas em 2023.

As penas imputadas aos profissionais de imprensa variam de 1 semana até 20 anos. Quase metade das prisões aconteceu em apenas 4 países, China, Birmânia, Bielorrússia e Vietnã.

Entretanto, nos últimos 5 anos, 86 países prenderam pelo menos um jornalista devido ao exercício da sua função. 

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Liberdade de imprensa no Brasil

De acordo com ranking realizado pela Repórteres sem Fronteiras (RSF), o Brasil está na posição 92 de 180 países no quesito liberdade de imprensa. O país com mais liberdade de imprensa no mundo é a Noruega e o com menos é a Coreia do Norte.

O Relatório Anual de Violência Contra Jornalistas e a Liberdade de Imprensa no Brasil da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) indicou uma mudança, ocorrida no último ano. Os ataques violentos contra jornalistas diminuíram, no Brasil, entretanto os processos judiciais que visam a censura aumentaram.

As ações judiciais que têm jornalistas como alvos aumentaram mais de 90%. Atitudes assim têm como consequência a autocensura, que é quando um profissional de imprensa deixa de veicular determinada informação por medo do que pode ser feito contra ele. 

Segundo uma matéria da Agência Pública, ameaças e intimidações são a violência mais comum contra jornalistas no Brasil, representando 23,21%. Seguidas pelas agressões físicas, que representam 22,1% do total.

Além disso, também se constatou que o Distrito Federal (DF) e São Paulo são os locais com mais recorrência de ataque a jornalistas. 22,3% das situações acontece em um das duas unidades federativas; valendo aqui uma observação relacionada às populações destes dois lugares, a de São Paulo é mais de 15 vezes maior que a do DF. 

Os principais agressores dos jornalistas são os políticos, eles protagonizam 25% dos ataques, seguidos pelas pessoas comuns (9,39%), juízes e desembargadores (8,84%), policiais (7,73%) e dirigentes, jogadores ou torcedores de futebol (6,08%), entre outras situações no mundo virtual.

Desde 2000, 44 jornalistas foram assassinados no Brasil por conta dos seus trabalhos. Você pode ver a lista completa com os nomes das vítimas, as datas dos acontecimentos e mais informações no barômetro da RSF.

Por Tiago Vechi

Jornalista

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