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Imagem e palavra: Cinco poesias do Concretismo

O Concretismo, iniciado em 1956, rompeu com os parâmetros literários ao aproximar a literatura de outras expressões artísticas, entre elas a música e as artes plásticas.

Augusto de Campos: O pulsar, 1975
Augusto de Campos: O pulsar, 1975
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O Concretismo, corrente literária de vanguarda iniciada em 1956, teve como criadores os poetas paulistas Décio Pignatari e os irmãos Augusto e Haroldo de Campos. A poesia concretista rompeu drasticamente com a estrutura discursiva do verso tradicional, propondo a criação de uma poesia livre de qualquer subjetividade e de qualquer intimismo, dando continuidade à estética tão defendida pelo poeta João Cabral de Melo Neto.

Geometrização e visualização da linguagem: essa é a concepção poética do Concretismo, movimento que se apropriou de procedimentos adotados pelas correntes de vanguarda europeias, especialmente o Futurismo e o Cubismo. Esse resgate estilístico estabeleceu um interessante diálogo com outra vanguarda, o Modernismo, movimento liderado pela também tríade: Manuel Bandeira, Oswald e Mário de Andrade. Assim como na fase heroica do Modernismo, os poetas concretistas buscavam uma nova linguagem e, para isso, utilizaram diversos suportes e meios técnicos, entre eles livros, revistas, jornais, cartazes, videotexto, holografia, entre outros recursos que transformaram o poeta em um artista plástico.

O Concretismo ainda hoje influencia poetas, artistas plásticos e músicos, provando assim a relevância dessa corrente literária inovadora e subversiva. Para que você entenda um pouco mais sobre a poesia concreta, o Brasil Escola selecionou cinco poesias do Concretismo que vão apresentar para você uma literatura totalmente diferente daquilo que você já viu, uma literatura que dialoga perfeitamente com outras manifestações artísticas. Boa leitura!

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Augusto de Campos: dias dias dias, 1953
Augusto de Campos: dias dias dias, 1953

Décio Pignatari: beba coca-cola, 1957
Décio Pignatari: beba coca-cola, 1957

Augusto de Campos: tudo está dito, 1974
Augusto de Campos: tudo está dito, 1974

Haroldo de Campos: cristal, 1958
Haroldo de Campos: cristal, 1958


Por Luana Castro
Graduada em Letras 

Escritor do artigo
Escrito por: Luana Castro Alves Perez Escritor oficial Brasil Escola

Gostaria de fazer a referência deste texto em um trabalho escolar ou acadêmico? Veja:

PEREZ, Luana Castro Alves. "Imagem e palavra: Cinco poesias do Concretismo"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/literatura/imagem-palavra-cinco-poesias-concretismo.htm. Acesso em 21 de novembro de 2024.

De estudante para estudante


Videoaulas


Lista de exercícios


Exercício 1

Sobre o Concretismo, estão corretas as seguintes alternativas:

I. A poesia concreta, ou Concretismo, impôs-se, a partir de 1956, como a expressão mais viva e atuante de nossa vanguarda estética. No contexto da poesia brasileira, o Concretismo afirmou-se como antítese à vertente intimista e estetizante dos anos 40 e repropôs temas, formas e, não raro, atitudes peculiares ao Modernismo de 22 em sua fase mais polêmica e mais aderente às vanguardas europeias. (Alfredo Bosi)

II. Os poetas concretos entenderam levar às últimas consequências certos processos estruturais que marcaram o futurismo (italiano e russo), o dadaísmo e, em parte, o surrealismo. São processos que visam explorar as camadas materiais do significante. A poesia concreta quer-se abertamente antiexpressionista. Em termos mais genéricos: o Concretismo toma a sério, e de modo radical, a definição de arte como techné, isto é, como atividade produtora. (Alfredo Bosi)

III. A poesia concreta inovou em vários campos, entre eles o campo semântico (ideogramas, polissemias, trocadilhos etc.), o campo sintático (justaposição, redistribuição de elementos, ruptura com a sintaxe da proposição etc.), o campo do léxico (substantivos concretos, neologismos, tecnicismos, estrangeirismos, siglas etc.), o campo morfológico (desintegração do sintagma nos seus morfemas, separação dos prefixos, dos radicais, dos sufixos etc.), o campo fonético (aliterações, assonâncias, rimas internas etc.) e o campo topográfico (abolição do verso, não linearidade, uso construtivo dos espaços brancos, ausência de sinais de pontuação, sintaxe gráfica etc.).

IV. O Concretismo toma a sério, e de modo radical, a definição de arte como techné, isto é, como atividade produtora. O poema é identificado como objeto da linguagem, e os poetas do Concretismo brasileiro reconhecem e promovem uma tradição tecnicista como seu imediato ponto de referência histórico e estético.

a) I e IV estão corretas.

b) II e III estão corretas.

c) I, III e IV estão corretas.

d) Todas estão corretas.

Exercício 2

(UFRGS)

Considere as seguintes afirmações sobre o Concretismo.

I. Buscou na visualidade um dos suportes para atingir rupturas radicais com a ordem discursiva da língua portuguesa.

II. Teve como integrantes fundamentais Haroldo de Campos, Augusto de Campos e Décio Pignatari.

III. Foi um projeto de renovação formal e estética da poesia brasileira, cuja importância fica restrita à década de 1950.

Quais estão corretas?

a) Apenas I.

b) Apenas II.

c) Apenas III.

d) Apenas I e II.

e) I, II e III.