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O Concretismo, corrente literária de vanguarda iniciada em 1956, teve como criadores os poetas paulistas Décio Pignatari e os irmãos Augusto e Haroldo de Campos. A poesia concretista rompeu drasticamente com a estrutura discursiva do verso tradicional, propondo a criação de uma poesia livre de qualquer subjetividade e de qualquer intimismo, dando continuidade à estética tão defendida pelo poeta João Cabral de Melo Neto.
Geometrização e visualização da linguagem: essa é a concepção poética do Concretismo, movimento que se apropriou de procedimentos adotados pelas correntes de vanguarda europeias, especialmente o Futurismo e o Cubismo. Esse resgate estilístico estabeleceu um interessante diálogo com outra vanguarda, o Modernismo, movimento liderado pela também tríade: Manuel Bandeira, Oswald e Mário de Andrade. Assim como na fase heroica do Modernismo, os poetas concretistas buscavam uma nova linguagem e, para isso, utilizaram diversos suportes e meios técnicos, entre eles livros, revistas, jornais, cartazes, videotexto, holografia, entre outros recursos que transformaram o poeta em um artista plástico.
O Concretismo ainda hoje influencia poetas, artistas plásticos e músicos, provando assim a relevância dessa corrente literária inovadora e subversiva. Para que você entenda um pouco mais sobre a poesia concreta, o Brasil Escola selecionou cinco poesias do Concretismo que vão apresentar para você uma literatura totalmente diferente daquilo que você já viu, uma literatura que dialoga perfeitamente com outras manifestações artísticas. Boa leitura!
Augusto de Campos: dias dias dias, 1953
Décio Pignatari: beba coca-cola, 1957
Augusto de Campos: tudo está dito, 1974
Haroldo de Campos: cristal, 1958
Por Luana Castro
Graduada em Letras