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Após a guerra greco-pérsica, a luta pela hegemonia no território grego colocou Atenas e Esparta em posições contrárias. A cidade de Esparta, assim como Atenas, adotou uma política imperialista, através da Liga do Peloponeso, com a dominação de Argos, Arcádia e Tegeia.
É importante ressaltar que o imperialismo espartano já havia se manifestado desde o século VIII a.C., quando toda a Lacônia foi conquistada e depois com a vitória da guerra que culminou na conquista da planície da Messênia, que estendeu consideravelmente o território espartano. A conquista da planície da Messênia acarretou um grande fluxo de escravos. Esses escravos trabalhavam a terra para os espartanos e isso assegurou, depois, a prosperidade de Esparta.
Lentamente, todos os Estados do Peloponeso foram dominados por Esparta e coagidos a fazer parte da Liga do Peloponeso, cuja política exterior era conduzida pela própria Esparta. Esta, no final do século VI a.C., reunia um terço da península. Com isso, Esparta conseguiu alcançar o objetivo maior da Liga do Peloponeso: a proteção do regime aristocrático e do Império espartano.
A ambição e a rivalidade entre Atenas e Esparta, no entanto, lançariam posteriormente as duas cidades em um grande conflito em consequência da concorrência comercial que existia entre as cidades de Atenas e Corinto, já que Corinto fazia parte da Liga do Peloponeso e contava com o pleno apoio de Esparta. Esse embate comercial foi um dos estopins que culminaram na Guerra do Peloponeso. O poder do Império espartano só foi concretizado com a vitória da guerra que ocorreu nos anos de 431 a 404 a.C. e deixou Atenas subjugada.
Por Lilian Aguiar
Graduada em História
Equipe Brasil Escola