PUBLICIDADE
Através da Confederação de Delos, Atenas tornou-se uma cidade essencial para a Grécia. Atenas praticamente controlava o mar Egeu. Quando a guerra greco-pérsica acabou, em 490 a.C., a grande cidade levou adiante a cobrança do imposto voluntário que era arrecadado das cidades-membros da confederação para a manutenção do exército como pretexto de novas invasões persas. Com o dinheiro coletado das cidades-membros, Atenas foi reconstruída.
Péricles foi o mentor do Império ateniense através da fortificação do Porto do Pireu. Ele construiu uma muralha que dava acesso e proteção às comunicações do porto à Atenas, transformando a cidade em um ponto geograficamente estratégico. Esparta procurou de todas as formas barrar a construção da muralha, mas a política de Péricles era astuta. Assim, através de um prolongado diálogo, ele conseguiu tempo para acelerar a construção e realizar a obra projetada. Essa astúcia acabou por fomentar ainda mais a desconfiança dos espartanos.
O poder da cidade de Atenas, lentamente, transformou-se em uma inflexível política de dominação. As cidades que não faziam parte da confederação foram obrigadas a se tornar cidades-membros. As cidades que se negaram foram severamente punidas, como Naxos e Tassos. A tentativa de separação dessas cidades mostrava a força que Atenas exercia sobre suas cidades aliadas. Esse poder era sentido amplamente, pois Atenas interferia em todos os embates existentes entre os membros da Confederação.
Os tribunais de Atenas tinham o poder de julgar todas as causas complexas, principalmente as comerciais, proibia que os membros da Confederação exportassem cereais, a não ser para o Porto do Pireu, e ordenou que os banqueiros só realizassem empréstimos aos comerciantes fiéis ao porto ateniense. Assim, a confederação criada por Aristides foi substituída por um imperialismo sufocante que determinou que tropas militares vigiassem rigidamente as cidades suspeitas de amotinação.
A democracia ateniense, interiormente, ainda não era plena, pois permaneceram os escravos e os metecos. Os metecos eram estrangeiros domiciliados em Atenas que, embora até certo ponto respeitados, não tinham direito a terra e nem à vida política e viviam em regime de servidão. Nesse contexto existiam cidadãos gregos reduzidos à mesma condição dos escravos e dos metecas pelos infortúnios da guerra.
Por Lilian Aguiar
Graduada em História
Equipe Brasil Escola