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O doping na Grécia Antiga

O doping já era presente nas competições olímpicas organizadas pelos gregos antigos
O doping já era presente nas competições olímpicas organizadas pelos gregos antigos
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Quando falamos nos casos de doping, somos irremediavelmente levados a lembrar dos escândalos que envolvem atletas contemporâneos. No mundo de hoje, o aperfeiçoamento das técnicas de treinamento encurtaram bastante a diferença entre os atletas que compõem uma determinada categoria. Além disso, o desenvolvimento da química permitiu a fabricação de drogas cada vez mais poderosas, capazes de romper marcas antes consideradas insuperáveis.

De fato, não podemos negar que as drogas sintéticas e a competitividade são fatores cruciais para que entendamos de que modo o doping se tornou uma questão tão frequente e problemática no mundo dos esportes. Não bastando a justificativa dos resultados, vemos que muitos atletas acabam se envolvendo com outras substâncias ilícitas na medida que a condição de atleta lhe oferece melhores condições financeiras ou a pressão de sua rotina lhe conduz a essa situação de escape.

Contudo, se engana quem acredita que o doping é um dilema exclusivo da modernidade. Já na Grécia Antiga, de acordo com os relatos do escritor Philostratus, os atletas recorriam a outros recursos que extrapolavam as habilidades do competidor. Segundo o seu texto, produzido aproximadamente em 776 a.C., os atletas gregos ingeriam chás compostos por diversas ervas e comiam cogumelos para que atingissem melhores marcas durante as competições.

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Desse modo, percebemos que esse tipo de atitude decorrente da noção de competitividade já figurava entre os povos antigos. Na verdade, até a primeira metade do século XX, o doping era abertamente praticado por atletas. Em alguns casos, as doses de estimulantes chegavam a ser aplicadas durante a competição. Após a Segunda Guerra Mundial, vemos que substâncias utilizadas no front (como as anfetaminas e os esteroides) passaram a frequentar as competições.

Atualmente, as federações regionais, nacionais e internacionais mobilizam-se para que as drogas ilícitas não sejam empregadas em situações de competição. Por tal razão, costumam realizar a coleta do sangue e da urina dos atletas em intervalos regulares e em visitações não programadas. Com o desenvolvimento dos estudos sobre o doping, vemos que o universo de compostos ilegais cresceu muito e que os atletas se policiam cada vez mais para que não sejam prejudicados por tal fiscalização.

Por Rainer Sousa
Mestre em História

Escritor do artigo
Escrito por: Rainer Gonçalves Sousa Escritor oficial Brasil Escola

Gostaria de fazer a referência deste texto em um trabalho escolar ou acadêmico? Veja:

SOUSA, Rainer Gonçalves. "O doping na Grécia Antiga"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/historiag/o-doping-na-grecia-antiga.htm. Acesso em 24 de abril de 2024.

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